19.11.09

Bósnia - Portugal: O saber, a arte maior

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Houve um tempo em que os confrontos decisivos eram, para Portugal, sinal de lição adversária. Tantos e tantos foram os jogos que ditaram essa regra que ainda hoje se recordam as excepções como momentos épicos do nosso futebol. Esse tempo é, agora, apenas passado. Portugal fez na Bósnia uma demonstração de maturidade e deu aos bósnios o mesmo veneno que provara durante décadas a fio. De nada lhes valeu a determinação, a agressividade e algum talento. O saber foi a arte maior.

Não se pode falar de “bom jogo” de alguém, numa partida com estas características. Foi, aliás, um péssimo jogo do ponto de vista técnico, sendo apenas salvo pela intensidade a que se disputou. Mas pode-se falar, da parte de Portugal, de um jogo sério e de grande lucidez. Esse foi o grande mérito de Portugal, a lucidez. Nunca arriscou a perda em zonas recuadas, nunca permitiu que a Bósnia jogasse em transição e, por outro lado, nunca facilitou o jogo directo adversário, que raramente protagonizou jogadas com alguma probabilidade de sucesso. E, assim, tudo ficou mais fácil.

Foi o final justo para uma qualificação sofrida. Justo, porque apesar das insuficiências verificadas em vários momentos, Portugal provou ser uma Selecção bem mais forte do que qualquer outra que defrontou. Sofrida, não só porque se alongou até tão tarde, mas pelos problemas que o seu futebol foi revelando em atingir o potencial que dele se espera. Algo que terá de ser melhorado até Junho, mas que agora passa para segundo plano. Para já, é tempo de respirar fundo...
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