6.11.09

Sporting: já toda a gente percebeu...

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Um dia depois da lição de Mourinho sobre a importância da variante humana no desempenho das equipas, temos o exemplo oposto. O momento do Sporting. Há dias classifiquei a actual pressão externa como “devastadora e incontrolável”. Pois bem, ela aí está, bem visível. Hoje, mais do que qualquer problema colectivo ou estrutural, o que assombra o futebol leonino é um estado psicológico que destrói toda e qualquer hipótese de haver um mínimo de qualidade. Algo estranho de explicar, mas evidente e nada original. Basta, afinal, recordar o que foram os últimos jogos do ciclo anterior a Paulo Bento no clube. Quem já parece ter percebido tudo isto, e há algum tempo, é... o próprio treinador.

Ninguém joga assim! Nem a nível amador. O índice de falhas técnicas é aterrador e torna tudo o resto, nesta altura, secundário. Será por isso, mais do que qualquer outra coisa, que as possibilidades de Paulo Bento inverter a situação são altamente reduzidas. E o treinador, em mais uma demonstração de lucidez, coloca devidamente o dedo na ferida.

Num momento de grandes especulações aproveito, já agora, para dar o meu contributo. Parece-me claro que Paulo Bento já percebeu que sem um choque psicológico nada será nesta altura possível fazer e que isso dificilmente acontecerá sem a sua própria saída. Afinal, o treinador, já disse exactamente isto. Depois, face a esta conclusão, também me parece evidente que o próprio chegará rapidamente à conclusão de que é ele quem mais perde com o perpetuar da situação. Isto leva-me à conclusão de que a mudança só não se dá porque quem dirige o clube não quer. E percebe-se também o porquê. É que se existe hoje um problema psicológico notório, os outros problemas não ficarão resolvidos pela simples saída de Paulo Bento. Muito pelo contrário. Desde logo, a escolha de um sucessor torna-se um problema óbvio, quer pela dificuldade, quer pelo próprio “timing”. Estará Paulo Bento apenas a dar tempo a Bettencourt?
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