10.9.13

Análise - dados colectivos ofensivos (Jornada 3)

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Vou aproveitar a paragem no campeonato para fazer um resumo dos dados estatísticos que tenho recolhido sobre a Liga Portuguesa. Hoje, começo com os dados colectivos ofensivos, farei o mesmo para a fase defensiva, e depois uma análise individual centrada nas ocasiões de golo, nomeadamente nos jogadores mais desequilibradores, e nos guarda redes mais/menos eficazes até ao momento. Relativamente às ocasiões e golos, todos os jogos estão incluídos, devendo reforçar que poderá haver um prejuízo na análise dos jogos que não são transmitidos na íntegra (poderá haver ocasiões que não são consideradas, aumentando também a % eficácia dessas equipas). No que respeita aos restantes indicadores (remates, faltas, posse de bola, ataques, cantos, etc), o jogo Arouca-Rio Ave não está incluído por me ter sido impossível obter informação sobre esse jogo.



Porto, líder também nos indicadores estatísticos - Não poderá constituir grande surpresa, até pelo calendário, que o Porto lidere a generalidade dos indicadores ofensivos na Liga. Não tem mais golos, mas teve mais ocasiões, mais ataques, mais posse de bola  e mais tempo em zona ofensiva do que qualquer outra equipa. Os registos apresentados, aliás, terão tendência a manter-se, restando saber se as restantes equipas terão capacidade para se aproximar.

Benfica, o preço da ineficácia - Não é o caso de maior ineficácia relativamente às ocasiões criadas, mas fica claro que os poucos golos marcados resultam sobretudo de um aproveitamento relativamente baixo das oportunidades criadas. Em especial destaque, neste particular, o Benfica pode lamentar-se pelo baixo aproveitamento nas bolas paradas, tendo sido a equipa que mais ocasiões de golo conseguiu criar por essa via (7), mas sem qualquer concretização efectiva desse registo.

Sporting, eficácia e posse de bola - O ataque mais concretizador da liga explica-se sobretudo pelo elevado aproveitamento das ocasiões criadas. Nem será possível ao Sporting manter este nível de eficácia face às ocasiões criadas, nem será provável que qualquer equipa mantenha uma média de golos tão elevada como aquela com que o Sporting chegou ao final da 3ªjornada. O que mais merecerá destaque, obviamente para além dos golos marcados, é a presença em posse do Sporting, muito elevada apesar de um dos três jogos ter sido frente ao Benfica.

Braga, baixa eficácia e muitos remates - Um pouco à imagem do Benfica, o Braga chega ao final da 3ªjornada algo penalizado pela modesta eficácia. Por outro lado, surpreenderá que seja a equipa com mais finalizações, sendo que para esse registo terá contribuído o jogo frente ao Gil Vicente, onde protagonizou 27 finalizações. Curiosamente, esse volume não é extensível aos indicadores de posse de bola.

Estoril, a quinta potência? - Olhando para os indicadores até agora recolhidos, sobressai a forma coerente com que o Estoril surge colado às quatro equipas mais fortes da actualidade. Sobretudo ao nível de ocasiões (provavelemente, o indicador mais relevante), há uma grande distância para a sexta equipa, e se é claro que o calendário terá até agora ajudado, também me parece justo depositar alguma expectativa em torno desta equipa, desde logo para os testes que se seguem.

Gil Vicente, um pequeno milagre - O lanterna vermelha em praticamente todos os indicadores, não tem porém idêntica tradução na tabela classificativa, com 6 pontos em 9 possíveis. É importante contextualizar o que se terá passado, com um calendário complicado e muito tempo a jogar em inferioridade numérica. Naturalmente, nada disto é normal ou possível de perpetuar no tempo (tanto que, como veremos, o mesmo se passa para os indicadores defensivos), mas fica a curiosidade sobre este pequeno milagre protagonizado em Barcelos.

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