23.8.13

Alan e o bilhete de identidade

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Dizia uma vez o ex-voleibolista João Brenha que a partir de uma certa idade, se as coisas correm bem, é porque se é como o vinho do porto, mas se as coisas correrem um bocadinho mal que seja, está-se imediatamente "acabado". E, particularmente em Portugal, esta parece-me ser uma boa descrição da forma como se avaliam jogadores com idade acima dos 30 anos. Não há más fases nem margem para relativizações: a partir dos 30, fica-se velho!

E, aqui, circunscrevo especialmente a cultura do país, porque de facto não conheço nenhum outro lugar onde exista um preconceito tão forte para com os jogadores acima de 30 anos. Há inúmeros exemplos, e no ano passado tivemos mais um excelente caso, com as teorias de que a quebra no rendimento do Braga estavam ligadas ao envelhecimento de Alan. Logo Alan, que era provavelmente o jogador de maior rendimento da equipa. Será que se Alan tivesse escrito 27 ou 28 anos no BI, alguém avançaria com tão brilhante explicação? Pois, não me parece...

O certo é que em Alan se encontra precisamente um bom exemplo de como a idade não traz só coisas más, valorizando nomeadamente a capacidade de decisão e entendimento do jogo. E, assim, enquanto o preconceito espera por mais uma oportunidade para atacar, o extremo do Braga vai continuando a deixar a sua marca em cada jogo que realiza, levando 3 passes decisivos, em tantos golos marcados pela sua equipa, nos dois jogos oficiais já disputados.

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