29.3.12

Golos fora ou factor casa?

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O 0-0 numa primeira mão, é melhor para quem joga em casa ou para quem joga fora? A pergunta, no fundo, compara a vantagem entre o factor casa e a regra dos golos fora. Enfim, é uma dúvida que tem resolução simples, bastando ver o que aconteceu nas eliminatórias que terminaram com 0-0 ao fim dos primeiros 90 minutos. Não tenho a resposta, mas imagino que, como nenhum outro resultado, deixe tudo igual para a segunda mão. Qualquer eliminatória que envolva o Barça, nos dias que correm, tem como principal ponto de interesse perceber que tipo de dificuldades poderá o seu adversário causar e, no limite, se haverá hipótese de surpresa. A questão da comparação qualitativa não se põe, pura e simplesmente. O Milan não é excepção,...

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28.3.12

Fatalidades...

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Não será propriamente uma surpresa para quem vem lendo a minha visão sobre a incerteza do jogo, mas de facto não há nada que me pareça ter determinado que o desfecho negativo fosse uma fatalidade para o Benfica. Nem as opções iniciais, nem, muito menos, as substituições. É claro que sei, também, que os efeitos da tradicional emotividade pós jogo não fazem da minha posição algo muito consensual. Nem esta, nem outras. Ainda assim, reforço a opinião: fatalidade, mesmo, só vejo uma: a de que entre duas equipas a maior probabilidade de vitória esteja tendencialmente do lado daquela que tiver capacidade para a adquirir, a qualquer momento, qualquer jogador do seu adversário. Quanto jogo propriamente dito, parece-me que ambos...

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26.3.12

Acidentes...

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E, mais uma vez, o futebol nos reserva uma boa dose de ironia. Uma jornada depois de, com alguma felicidade, se ter salvo de perder pontos na Madeira, o Porto escorrega em Paços sem que nada no jogo o fizesse prever. Trocados, exibições e resultados. Nunca ninguém o admite conscientemente, mas a verdade é que, seja lá qual for a exibição, um resultado nunca deixa nada igual. Nem estados de ânimo de protagonistas, nem balanços de adeptos e comunicação social. Sim, porque por muito acidental que seja o resultado, no fim é ele que determina sempre se o tema são os erros e opções do treinador, ou a qualidade e bom momento da equipa. Que repercussões tem esta irracionalidade generalizada no jogo seguinte? Pois isso, ninguém sabe... De...

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24.3.12

Empatas...

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Um golo, como se sabe, não precisa de apresentações, mas se há nulos que se anunciam, este terá sido um deles. Isto, pela escassa proximidade que ambas as equipas mantiveram com o golo ao longo de toda a partida. O Benfica pode e deve lamentar-se de si próprio, claro, porque não fez o suficiente para se aproximar do seu objectivo. Pode, também, relativizar a frustração pelo contexto (ainda que isso lhe sirva de pouco). Pelo campo, aparentemente com poucas condições para promover uma boa circulação. Pelo adversário, que aparenta ter como nenhuma outra equipa, um culto do empate. Pelo desgaste da sequência de jogos que, apesar de tudo, ainda está no inicio. E abordo estes últimos dois pontos, o culto do empate do Olhanense,...

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23.3.12

A sina e o guarda redes

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Seria de esperar que o percurso ascensional do Braga nos últimos 10 anos lhe tivesse creditado mais finais no currículo. Já não digo títulos, embora também isso fosse provável, mas finais. Tem uma, por sinal a mais improvável, o que é muito pouco. Será sina? Há várias coisas cuja explicação nos escapa no futebol (e aí está, pelo menos para mim, o grande interesse deste jogo), mas este não é uma delas. Não há sina, nem explicação alguma, é apenas uma das hipóteses do destino. Ou seja, uma constatação factual sem causalidade que possa fazer antever repetições futuras. Porque, e muito embora sempre pareça, os factos não implicam forçosamente causalidade. Não acreditando eu no determinismo do fado bracarense, há algo neste...

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21.3.12

Rivalidade

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Estranheza. É sobretudo esse o meu sentimento ao ver este jogo. Não posso estar seguro de que não tenha a ver com o meu próprio condicionamento prévio, da ideia que já tinha de que a partida não seria abordado com a habitual intensidade emocional pelas duas equipas. Ainda assim, é a minha sensação ao ver 3 golos em tão pouco tempo e uma primeira parte tão oscilante e pouco consistente de ambas as partes. Venceu o Benfica, e talvez lhe fique melhor porque foi, de facto, quem mais oportunidades criou, sobretudo na recta final da primeira parte. Interessante é a discussão sobre a importância que ambos deram, ou não, a este jogo e a esta competição. Há uma desvalorização deliberada e que não é de agora ou deste jogo, e que...

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20.3.12

A rever, porque não há muito mais a fazer....

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À primeira vista, as dificuldades do Sporting podem não fazer sentido algum, e em qualquer caso não eram seguramente provável, mas talvez não fosse também difícil antecipar as diferenças entre este jogo e aqueles que, recentemente, catapultaram o a equipa para novo estado de optimismo. De resto, já não é a primeira vez que me refiro a este aspecto. O tipo de oposição que colocou o Gil, estrategicamente mais baixo e expectante, não foi surpresa e recuperou um cenário em que o Sporting do passado recente teve sempre muitas dificuldades em ultrapassar. O resultado não será o mais importante para a análise, até porque o resultado, num só jogo, está sempre refém de uma série variáveis pouco ou nada controláveis. Ainda assim,...

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17.3.12

Expectativas

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Não houve surpresas, mas não se pode dizer que tenha sido uma mera formalidade. Pelo menos, para o Porto, que teve um jogo de grande incerteza e muito pouco controlo. Mais um sinal de que o momento não faz antever um grande conforto na recta final, ao contrário do que aconteceu em boa parte da prova. Cumpre-se este fim de semana a 10ª jornada em 2012 e, mesmo descontando o jogo entre ambos, foram mais as jornadas em que pelo menos 1 dos dois perdeu pontos do que aquelas em que, como nesta semana, ambos conseguiram vencer. Veremos o que acontece à medida que a pressão aumenta... Nem 20 dias passados, jogar-se-á outro Benfica-Porto. O lado mais interessante deste segundo jogo, pelo menos para mim, tem a ver com a diferença...

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16.3.12

História

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A última meia hora retira algum brilho e a possibilidade de uma vitória que, a acontecer, teria sido uma das mais improváveis (aqui, probabilidade não é minha) da História do clube. Mas não retira o essencial, uma qualificação que será também ela histórica e certamente relembrada (há muito que o Sporting não eliminava um adversário deste calibre). Muito mérito durante 150 minutos e um súbito desnorte, que quase deitou tudo a perder, durante 30 minutos. Interessante o contraste, e a forma como durante tanto tempo o Sporting manteve o City relativamente longe do golo e, de repente, pareceu ser incapaz de passar 5 minutos sem um sobressalto. A importância que um golo teve na atitude dos jogadores! Sobre os minutos finais, em...

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15.3.12

Goleadas tangenciais

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Stamford Bridge pode não ser o palco que mais memórias guarda no que respeita à história das competições europeias. Nos últimos anos, porém, tem assumido um protagonismo especial a esse nível, e esta terá sido mais uma noite a contribuir para isso. Talvez a primeira desta edição da Champions, mas certamente que não a última. O jogo foi bom, pela emoção e pela divisão permanente do ascendente. O Chelsea terá sido mais forte, mais experiente, ou apenas mais feliz, dependendo do ponto de vista. Eu, diria que foi sempre mais incisivo quando conseguiu entrar na área contrária e que isso foi, como não raras vezes acontece, decisivo. Mas, claramente, terá contado com o cinismo da eficácia, ou pelo menos eu não sou capaz de concordar...

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14.3.12

Contrastes...

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- Quando o sorteio ditou o confronto entre Bayern e Basel (curiosamente, partilham a abreviatura FCB), imediatamente imaginei um passeio para os alemães. É que, para além da diferença evidente de valores, não havia qualquer contraste de estilos ou choque de culturas. Houve, no entanto, da minha parte uma subvalorização do Basileia actual. O seu momento é tremendo, pulverizando a liga interna e atingindo patamares de confiança que permitem a exacerbação do potencial colectivo, reflectido em feitos como foram, por exemplo, as vitórias caseiras frente a United e a este mesmo Bayern. O mais curioso é verificar o que pode acontecer quando o escudo da confiança é repentinamente retirado por um gigante insaciável como é, culturalmente,...

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12.3.12

Ao sétimo dia...

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O nível de detalhe da minha informação não vai tão longe, mas duvido que o Benfica tenha tido na Liga um período tão difícil como os primeiros 10 minutos da segunda parte. O jogo teve tudo para ficar, se não resolvido, pelo menos a bom caminho desse destino. Terá havido um efeito de deslumbramento do Paços, perdendo o foco naquela que seria a sua prioridade para a segunda parte? Certezas nunca as teremos, mas a brevidade com que todo o cenário se inverteu, dá pelo menos para especular sobre essa hipótese. De todo o modo, excelente período de jogo, especialmente pela velocidade e oscilação que atingiu. Mérito para o Paços (algumas exibições individuais muito boas), demérito para o Benfica (transição defensiva e concentração...

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11.3.12

A Liga que ninguém quer ganhar...

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"Demos 45 minutos de avanço!" O diagnóstico foi feito por Vitor Pereira, mas teria sempre eco em grande parte dos adeptos portistas. Na realidade este é, aliás, um dos comentários mais comuns entre os adeptos, seja de que clube for e, em geral, resulta de uma ilusão. É que o futebol tem, por norma, mais golos nas segundas partes do que nas primeiras, e as equipas tendem a convergir para os resultados que lhes interessa. Assim, é apenas normal que uma equipa favorita ataque mais numa segunda parte em que precisa de um resultado. Nem tem de ser necessariamente mau, lembro-me por exemplo do Chelsea de Mourinho, que durante algum tempo manteve essa característica de resolver os jogos nas segundas partes. Seja como for, no caso...

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9.3.12

A vantagem de não ter que dominar

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- A nível interno, não há muito para escolher em termos de opções estratégicas. Para os "grandes", o empate é uma derrota e por isso nada mais resta do que dominar, ou seja, tomar de assalto a bola e o espaço. Na Europa e nesta fase da competição, não é assim. Sabendo-se que realisticamente não poderia ter os dois, Sá Pinto podia escolher entre a bola e o espaço. É claro, todos estaremos conscientes do que se diria de Sá Pinto se as coisas tivessem corrido mal na sequência de uma estratégia especulativa, como aquela que escolheu (ou das substituições que fez, de resto). Não seria um argumento original. Mas o treinador está onde está para ganhar jogos, e não para preparar desculpas para as derrotas, e por isso a sua opção...

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8.3.12

Dois mundos e uma sentença

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A propósito do Bayer-Barcelona da primeira mão, tive a oportunidade de ler uma antevisão de alguém que havia, alguns dias antes, antecipado dificuldades para os catalães na visita a Pamplona (contextualizando, o Barça perdera o jogo frente ao Osasuna no fim de semana anterior à primeira mão). Escrevia que apesar do mau momento do Barça ser evidente, tal não deveria ser suficiente para que uma vitória confortável estivesse em causa na Alemanha, que o potencial das duas equipas era demasiado dispar, que eram duas equipas de dois mundos completamente diferentes. Ora, não é pela goleada numa segunda mão de uma eliminatória já resolvida, mas a diferença de valor entre Barça e Leverkusen será mais ou menos a mesma que a diferença...

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7.3.12

Enfim, um suspiro...

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O valor das equipas não faz desta uma vitória obrigatória ou banal, mas também nada mais do que normal. Por mérito do Benfica, para que não me interpretem mal. No entanto, o contexto torna-a especialmente relevante. Por interromper um terrível momento negativo e pela relevância da competição. Pode ser importante para uma equipa que, mais do que a maioria, tem na confiança um combustível essencial, dado o arrojo da sua proposta de jogo. Pode ser também um factor de distracção para o que resta do campeonato. Será que vai ser? A história do Benfica de Jesus sugere-nos que sim, mas logo se verá. Não o referi na altura, mas a opção de Jesus que mais me surpreendeu no clássico de Sexta Feira foi a ausência de Bruno César. O...

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5.3.12

Sacked in the morning

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- Há já alguns meses que o "you're getting sacked in the morning" se ouvia nos jogos do Chelsea e, de tanta insistência, a profecia acabou mesmo por se concretizar. O ponto talvez mais curioso deste cântico popular nos estádios ingleses é que ele é utilizado para os treinadores adversários e muito raramente para os próprios. É interessante como um jogo é vivido com intensidade emocional idêntica, mas com uma abordagem em tantas coisas diferente. Enfim, o mais importante é que se vira uma página inesperadamente mal sucedida na carreira do treinador e do próprio Chelsea. As teorias que apontam para uma conspiração do grupo contra o treinador português terão nos próximos jogos um teste de fogo, pelo que mais útil do que especular,...

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4.3.12

Negro!

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Mais pistas faltassem, a conferência de imprensa de Mota oferecê-las-ia. Recordando o jogo em que o agora treinador do Setúbal defrontou o Sporting, não seria difícil antever que estratégia teríamos para este jogo. E assim foi. Tivesse o Sporting segurança na sua construção e a estratégia faria o Setúbal aspirar, no máximo, ao zero zero. Sem segurança, tornou-se numa estratégia com outras potencialidades. A expectativa que tinha de um bom inicio de Sá Pinto já se havia esfumado, como escrevi após o jogo com o Paços de Ferreira. O calendário sugeria-o, de facto, mas o meu optimismo ignorou o obstáculo que representaria mudar alguns comportamentos em pleno climax competitivo. Comportamentos que exigem outro contexto para...

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3.3.12

Montanha russa

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- O jogo foi assim como o próprio momento do campeonato, uma montanha russa. Não posso dizer que não estivesse avisado - afinal, já escrevi sobre isso há muito - mas ainda assim, fui apanhado de surpresa por esta descida a pique do Benfica de Jesus. No jogo, como no campeonato. Está tudo em aberto? Pois está, mas para uns está menos do que para outros, e é bom não dar os primeiros 2 lugares como entregues. Enfim, o jogo ainda está demasiado fresco para se avançar a esse ponto, mas para o Benfica este pode ser um momento de viragem importante, mesmo para além desta época. Aguardemos os próximos capítulos. Agora, já se sabe, no futebol a emoção é dominante sobre a razão... Precisamente, é o predomínio da emoção que faz deste...

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