29.4.10

Domagoj Vida: analisado... do sofá!

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Depois de grandes manchetes, acabou por ser confirmado na Alemanha. Normal. O que talvez não seja tão “normal” é a badalada viagem de Costinha à Croácia. Pelo menos não parece, porque nestas coisas há sempre margem para os dados desconhecidos. Sem entrar pela linha especulativa, fica aqui uma amostra do jogador. Uma amostra de um jogo em que jogou... a central. Tudo isto em Portugal e sem sair do sofá. A amostra é curta, mas pelo que deu para ver, o Leverkusen leva um central com boas características físicas e que se mostrou certo em muitos aspectos, ainda que com reservas noutros. Foi um dos melhores em campo, conseguiu um número assinalável de intercepções e um excelente acerto no passe. Aqui, importa referir a ausência...

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Barcelona - Inter: Tudo isto é futebol

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O interesse do jogo do ponto de vista técnico-táctico ficou reduzido praticamente à nulidade. O mesmo que tem um treino exaustivo de organização ofensiva. Mas terá esse facto feito alguém mudar de canal? Provavelmente não. Este é o primeiro dos outros pontos de interesse deste jogo, e aquele que quero começar por destacar. Pode-se falar de muitas coisas para explicar o fenómeno do futebol, mas o principal, a meu ver, está espelhado neste jogo. Apesar do desinteresse técnico do jogo, a ansiedade e incerteza estiveram sempre presentes. Pode-se apreciar muito o futebol pela sua componente estética, mas quando se diz que o que as pessoas querem é espectáculo, está-se a cometer um grave erro. O que as pessoas querem é emoção,...

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28.4.10

Palavra para Guardiola

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Acredito no seu estilo. Acredito na irrelevância dos jogos paralelos, das aparências e preconceitos que invariavelmente invadem a opinião generalizada. Acredito na importância de uma busca lúcida e incessante pela qualidade, como factor único para o sucesso. No futebol e na vida. Porque Guardiola representa tudo isto, e antes que se saiba se ganha ou não, deixo-lhe a minha palavra... Uma conferência de imprensa sua mais parece um “briefing” cultural. Gentilmente responde às perguntas de todos, suavemente, sem ponta de agressividade, nem no tom, nem no discurso. Primeiro em catalão, depois em castelhano, italiano, inglês... É assim Guardiola e não custa elogiar. Não custa... porque ganha. Ou alguém acha que seriam muitos...

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27.4.10

Cardozo, Falcao e Liedson: a jornada dos goleadores

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A julgar pela necessidade de emparelhar todos os jogos da penúltima jornada num mesmo espaço temporal, dir-se-ia que este é um campeonato completamente em aberto. Puro engano. De tal forma as decisões estão por um fio, que o mais provável é nada estar por decidir na última ronda. Nada, excepto o pouco relevante duelo sobre o título de melhor marcador. Não é sobre a contabilidade de golos que quero falar, já que essa fala por si mesma, mas sobre os 3 melhores marcadores da prova, utilizando como ponto de partida os seus dados individuais da jornada. Seguramente com algum exagero, os números da jornada dizem muito do que tem sido a prova dos próprios goleadores. Em particular, creio que mostram que o número de golos está...

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26.4.10

Leiria - Sporting: Os últimos sinais de Carvalhal

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A proximidade do final da época dita a crescente escassez de oportunidades para ver e avaliar o Sporting de Carvalhal. Esta versão do futebol leonino amplificará a sua pouca relevância histórica com o passar do tempo. Uma consequência, não só do pouco tempo que leva o Sporting com uma marca registrada do ainda treinador e, por outro lado, da pouca importância dos desafios presentes. A avaliação concreta de Carvalhal perante a dimensão do desafio de um “grande” fica, mais do que qualquer outra coisa, adiada. Há coisas boas e menos boas no seu “produto” actual, mas o tempo e condições que lhe foram dadas não são suficientes para isolar alguns enviesamentos. Enfim, talvez o mais interessante nesta fase seja olhar para o jogo...

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23.4.10

1982: Paolo Rossi e o "desastre de Sarriá"!

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O desaparecido estádio de Sarriá já não vive para contar a história. Explicar o imprevisível emparelhamento de um “super-grupo” em tão modesto palco seria já de si difícil, mas tudo isso se tornou secundário depois do que aconteceu naquele relvado catalão. Argentina, campeã do mundo. Brasil, unânime favorito. Passarella, Kempes e Maradona. Falcão, Sócrates e Zico. Quem sai por cima? A decepcionante Itália e o improvável Paolo Rossi. O “desastre de Sarriá”, como ficou conhecido um dos mais míticos jogos da História, não tem nada de desastroso. Foi apenas futebol, goste-se ou não. Ambos haviam batido a Argentina, mas o Brasil por mais um golo, o que lhe garantia vantagem em termos de igualdade. Mas que hipótese teria uma...

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22.4.10

Inter – Barcelona: Qualidade, estilo e identidade

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A noite não serviu para por em causa a excelência do futebol ‘blaugrana’. Um jogo pode ser suficiente para definir títulos e campeões, mas nem de perto chega para beliscar o estatuto que este Barça fez por merecer. Mas a noite trouxe-nos, sim senhor, alguns ensinamentos. Um balde de água fria na confusão entre estilo e qualidade. Porque a qualidade não se garante pela estética do estilo, por muito apelativa que ela seja. E porque é possível ter qualidade sob diferentes estilos. Talvez mais importante ainda, porém, seja a conclusão que o próprio Inter poderá retirar das duas recepções aos campeões europeus. Na primeira, desafiou o Barça no seu próprio estilo, numa altura em que o Inter tentava a sua própria mutação estética....

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21.4.10

A opção Paulo Sérgio

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Está longe de ser o pior que podia ter acontecido ao Sporting mas dificilmente será solução suficiente para o momento. Escolher bem, como já tantas vezes escrevi, é o segredo essencial para o sucesso de qualquer gestão desportiva. Pois bem, neste momento escolher bem não basta. É preciso escolher para lá de bem. O motivo? A competição, claro. Por muito que seja reconfortante a ideia de uma independência no caminho para o sucesso, a verdade é que ele depende quase tanto do que se faz como do que os outros fazem. E, neste momento, o cenário não favorece o Sporting. Se o sucesso do Porto se centra nas melhores escolhas que foi fazendo nas últimas décadas, o Benfica vive uma fase em que colhe os louros de uma rara aposta acertada. Dos...

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20.4.10

Académica - Benfica: estatística individual

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O exercicio – laborioso – a que me propus foi fazer um levantamento estatistico individual do jogo de Coimbra. Os resultados são interessantes e, sobretudo, elucidativos em vários aspectos. Estatísticas colectivasPara começar, em termos colectivos, fica clara a qualidade invulgar do futebol da Académica. Sem ter tido o domínio territorial durante grande parte do jogo, mesmo assim, é assinalável que tenham sido os ‘estudantes’ quem mais passes realizou (340 contra 311) e, mais ainda, quem melhor % de sucesso conseguiu (76% contra 72%). Isto, contra uma equipa altamente pressionante e bem mais dotada tecnicamente, como é o caso do Benfica. Esta é uma marca clara do invulgar trabalho de André Villas Boas na Briosa. Se o...

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19.4.10

Académica - Benfica: uma questão... matemática

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O estatuto de melhor equipa nunca precisou de pontos nem liderança. Ainda os dias diminuíam quando se percebeu com clareza que esse era um desígnio apenas justificado pelo Benfica. O título seria, então, uma questão de eficácia e pontuação. Com a vitória em Coimbra, porém, já nem a eficácia tem margem de manobra. O título está agora separado da realidade por uma simples questão de matemática. Só isso. Agora sobre o jogo... A luta pelo domínio Face à proposta de jogo de ambas as equipas era normal assistirmos a uma luta pelo domínio que ambos queriam. Foi assim nos primeiros 15 minutos. Pressionar e jogar, para ver quem o faz melhor e erra menos. Sem surpresa, foi o Benfica. Porquê? A resposta tem de passar, de novo, pelos...

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16.4.10

1978: A inspiração de Kempes

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O retrospecto não poderia antecipar o cenário, mas ele era possível. Para que a Taça ficasse em casa, contra o favoritismo de outras cores de maior tradição e potencial, era preciso um rasgo de inspiração. Algo que elevasse a ‘Albiceleste’ a um patamar inédito no seu historial. E assim aconteceu. Em 1978, na fase final da prova, emergiu uma figura que haveria de arrastar consigo a Argentina até à vitória. Uma bênção divina de um número 10 argentino que inclui mãos e tudo. Cada um no seu tempo!... é de Kempes que estamos a falar. À partida para a competição, Kempes era a excepção na equipa argentina. Excepção no anonimato geral. É que se nenhum dos seus companheiros havia feito o suficiente para atrair o interesse europeu,...

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Neymar (5!): perfila-se o "caso" de Dunga

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15.4.10

Lances do dérbi em análise

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Oportunidade João PereiraFoi a principal ocasião do Sporting e, mais do que isso, a jogada que simboliza a primeira parte. A intenção do Benfica forçar a saída em posse mesmo com o Sporting preparado para a pressão não mudou na segunda parte. O que mudou foi, como expliquei ontem, a qualidade com que cada equipa interpretou as suas intenções. Mas, se esta jogada serve para perceber o que não esteve bem no Benfica na primeira parte, também servirá para perceber o que melhorou. A primeira fase de construção. E é precisamente por residir aqui, tão baixo, o problema, que o impacto de Aimar não pode servir de explicação fundamental para a diferença após intervalo. É que o 10 entrou para o lado de Cardozo e não tinha – nem teve...

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14.4.10

Benfica - Sporting: Um jogo de 2 andamentos

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A diferença entre as 2 metades. Talvez seja este o dilema do jogo. Aimar? É a explicação mais fácil e, como não podia deixar de ser, aquela que mais adeptos colheu. Mas alguém contou o número de vezes que o argentino tocou na bola até ao primeiro golo? Provavelmente não. Jesus retirou importância ao impacto da substituição. Eu concordo. Aliás, como concordo com Carvalhal quando focou a eficácia como elemento chave. Certo. Tudo somado, porém, ganhou quem mereceu, porque se o Sporting mostrou qualidades, também ficou claro que continua a léguas do Benfica. Vamos ao resto... A minha explicaçãoEntão o que explicou a óbvia diferença de rendimento entre as duas partes? Na minha opinião, apenas uma diferença de rendimento naquilo...

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Ao Jamor não se vai de... bicicleta!

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13.4.10

Xavi: 6=2x10

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Messi será sempre a capa, o “top of mind” dos marketeers. Um lugar que o mediatismo reservou para o protagonista dos resumos e repetições. Dito assim pode parecer superficial e injusto, mas não é. Pelo menos não penso que seja. A capa atrai-nos mas não nos impede de a folhear, nem, tão pouco, de lá dentro encontrar algo igualmente interessante. A história está feita desses exemplos, casos que justificam o atrevimento de folhear qualquer capa, por mais fantástica que ela seja. O Barça, claro, é uma evidência desta ideia, tantos são os pontos de interesse que emergem atrás de Messi. Entre todos, há um que me parece especial: Xavi. Se o meio campo fosse uma banda desenhada, Xavi seria, sem dúvida, o maior dos super heróis....

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12.4.10

Real Madrid - Barcelona: Um "clásico"... pouco "super"

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Desilusão talvez seja um termo forte para tanta qualidade. Ainda assim, para mim, faltou-lhe sal. Todos projectavam o domínio da componente ofensiva do jogo. De parte a parte. Era óbvio, tão óbvio... que não se confirmou. A verdade é que o jogo se decidiu nas duas únicas oportunidades da primeira hora. Uma surpresa. Levou a melhor o Barcelona porque foi mais concentrado e eficaz nesse período e porque foi, aí sim, bem melhor depois. Tudo somado, e parece estranho, era do Barcelona que esperava mais. Pressing, a força dominante Não se pode falar em modelos idênticos, mas há algumas coisas que aproximam as 2 equipas do ponto de vista táctico. Sem bola, ambas fazem do pressing e da defesa alta um meio para a ambicionada recuperação....

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9.4.10

Liverpool - Benfica: goleada de detalhes

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Bem... não se pode falar propriamente em surpresa. Afinal, quando o próprio treinador questiona a preparação da sua equipa para um jogo desta dificuldade, que resultado se pode esperar? Um desperdício, reforço eu, porque a qualidade deste Benfica merecia mais ambição. É evidente que a eficácia foi essencial e até se pode aceitar algum sentimento de injustiça pela volumetria do resultado final. Não menos evidente, porém, é a desvalorização drástica desta equipa aos olhos do mundo. É que para quem vê de fora, a prova dos nove faz-se é nestes jogos. As mexidas de JesusNem era preciso ver o jogo. Se o Benfica perdesse, desse por onde desse, as criticas iriam cair sobre as opções do treinador. É sempre assim. Na verdade, percebendo...

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Não é possível!

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8.4.10

Os golos e... os árbitros

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Sendo um tema que procuro evitar, há certas coisas que me merecem alguma reflexão. Esta é uma delas. O número de golos por jogo. Será normal que haja tão grande discrepância entre esta estatística de árbitro para árbitro? A mim parece-me que não. Parece-me que as diferenças verificadas vão bem para além do que seria expectável. Passo então a explicar a tabela que suporta a discussão. Nela estão os jogos disputados nas ligas profissionais (Vitalis e Sagres) desde o inicio da época anterior. Para além disto, na tabela estão apenas os árbitros com mais de 25 jogos neste período. É normal que os números não sejam todos idênticos. É normal que haja a influência do factor aleatório num número total de jogos que não vai muito...

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7.4.10

1974: A revolução Cruyff

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A força da Laranja era como o seu futebol: Total. Uma mecânica colectiva, é certo, mas que não deixava de contemplar diferenças claras entre os protagonistas. Tão claras, que nem as camisolas eram iguais. Isso mesmo! A estrela, Johan Cruyff, tinha menos uma risca preta na camisola laranja. Ele era Puma, os outros Adidas. Foi assim em 1974, com o mundo de olhos postos nesse futebol revolucionário, dividido entre as proezas de um colectivo e a mestria de uma individualidade. Quem saiu do Parkstadion de Gelsenkirchen, naquele inicio de noite chuvoso, nunca imaginaria o destino da final que 4 anos mais tarde haveria de ter lugar em Buenos Aires. A verdade é que o que acabara de ver era, precisamente, a antecipação dessa final...

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6.4.10

Naval - Benfica: Valha-nos a emoção...

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Não há melhor motivação para a memória. A emoção. É por isso que esta, entre todas, será das vitórias mais fáceis de recordar pelos adeptos encarnados quando tiverem de olhar para trás, para a liga 09/10. Não pelo elevado número de golos e muito menos por um brilhantismo que, do ponto de vista técnico, não existiu. Será sempre pela sensação vivida e pela libertação de um receio que subitamente se agigantou com aquela entrada alucinante e inesperada. A emoção é o que marcará a lembrança deste jogo. Ainda bem, porque pouco mais trouxe de recomendável... Os deuses devem estar loucos!A primeira parte é digna de um filme. Um Benfica a entrar mal em todos os momentos do jogo, punido severamente por um inspiradíssimo avançado...

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5.4.10

As emoções de Carvalhal

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Começa por revelar a sua humildade e gratidão para com o clube. Depressa, porém, entra num outro patamar sentimental. Para sarar algumas feridas no orgulho, puxa pelos galões do seu trabalho, ao mesmo tempo que recorda as dificuldades do mesmo. O próximo passo leva-o um pouco mais além em terrenos de amargura, ao confessar-se consciente de que tem o grupo do seu lado. O último degrau desta viagem sentimental dá-se com a repetição da profecia de um título para breve e... de preferência em Portugal. Da gratidão a uma espécie de vingança, em poucos minutos, na mesma conversa. Um rodízio emocional que, bem vistas as coisas, é tudo menos surpreendente. Carvalhal: Afinal quem sai por cima?Para o resto do mundo, Carvalhal era...

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2.4.10

Benfica: o perigo do "business as usual"

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A natureza do desafio força a constatação: a vitória foi brilhante. Foi. Mas foi-o muito mais por isso, pela natureza do desafio, do que propriamente pela superação da própria performance. Ou seja, o Benfica ganhou, mas numa espécie de modo “business as usual” e não na plenitude daquilo que pode fazer. Aqui entra o risco da questão. É que se o Benfica é de facto excelente, é também perigoso deslumbrar-se com a excelência dos seus próprios mérito. É perigoso não perceber que a maior qualidade individual não está do seu lado. É perigoso o “business as usual”. Melhor como colectivo. Mas apenas.O Benfica é melhor que o Liverpool do ponto de vista táctico. Movimenta-se melhor, pressiona melhor, reage melhor em cada um dos momentos...

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1.4.10

Barcelona, a asfixia 'blaugrana'

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Porque é que o Barça não matou o jogo e a eliminatória naquela fantástica primeira parte? Talvez, digo eu, por ser uma equipa humana, não perfeita. Algo que deverá preocupar Guardiola. O que me motiva neste momento, no entanto, é falar da asfixia. Isto é, daquele futebol fantástico com que o Barça torturou o Emirates. O “tiki taka” salta à vista de qualquer um e será sempre essa grande marca da melhor equipa alguma vez já vista, mas não chega como explicação. Nenhuma equipa é tão forte apenas por ser boa quando a bola lhe chega aos pés. É melhor olhar um pouco mais... para o que eles fazem quando perdem a bola... assim sim, se completa o puzz...

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