5.11.09

Organização ofensiva, o exemplo do Barcelona...

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Nem de propósito. Nos últimos tempos tenho aqui falado muito da organização ofensiva, primeiro pelo problema revelado no Sporting e, mais recentemente, no Porto. A Champions faz-nos chegar a um bom exemplo. O melhor exemplo. O Barcelona, pois claro. O duplo confronto com Rubin Kazan teve um desfecho surpreendente. 1 ponto, 1 golo, são as estatísticas que mais interessam, mas há outras que importa trazer para o debate. 109 minutos com bola, 44 finalizações... 1 golo, relembro.

Alguém duvida da qualidade colectiva do Barcelona em todas fases da sua organização ofensiva? Talvez haja, mas não devia. Porque é notável. Ainda assim, em 2 ocasiões, a muralha russa parou a máquina catalã. E parou mesmo. Porque se é verdade que 1 lance pode mudar – e mudaria – a história de um jogo, também é factual, para quem viu, que poucas foram as ocasiões que tanta posse de bola produziu. Os remates foram muitos, é certo, mas poucos com boas possibilidades de sucesso.

A conclusão é óbvia. Pelo menos para mim. O espaço é fundamental, e sem ele tudo é mais difícil. Para todos, não apenas para alguns. Mas há mais. Se houver mérito de quem defende e o faz de forma tão intensa e baixa, é importante que haja qualidade colectiva para fazer a bola chegar ao último terço, sim, mas será improvável que algo aconteça se, paralelamente, não houver também inspiração individual. Essa é outra nota que resulta deste Barça duplamente congelado. É que se tantas vezes a bola chegou ao último terço, se o colectivo trabalhou sempre bem, notou-se sempre que o momento individual não seria suficiente para gerar os desequilíbrios pretendidos. E assim foi.

Já agora, entre os destaques da Champions, se o Barcelona é, de muito longe, a equipa que mais tempo tem a bola, quem mais remata, também com alguma distância, é... o Porto.

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