É terrivelmente difícil falar deste tema porque entra num campo muito pouco palpável. Ainda assim recorro à recente derrota encarnada em Braga e no que foi dito depois da mesma. A imprensa apelou à estatística para salientar a incapacidade da equipa para inverter desvantagens no marcador e, por seu lado, Jesus encolheu os ombros referindo o óbvio. Ou seja, que não há equipas invencíveis. Talvez esteja aqui o foco do problema. É que, como líder, caberá a Jesus exigir sempre mais. E, ao contrário do que às vezes se pensa, “mais” em futebol não é expresso pela volumetria das goleadas, mas antes pela frequência das vitórias. Mesmo reconhecendo-se como um objectivo utópico, a invencibilidade deve ser o limite para onde qualquer treinador tenta puxar a sua equipa. Aceitar a derrota ocasional, seguramente, não é melhor forma de o fazer.
Será, segundo este raciocínio, mais um problema de orientação motivacional, estando esta mais direccionada para a superação em jogos que estão a correr bem do que para aqueles onde, por alguma eventualidade, tal não acontece. Não resisto, neste campo, a fazer uma comparação com aquele que será, provavelmente, o exemplo do paradigma oposto: José Mourinho. Reconhecendo-se grande qualidade a todos os níveis, o “Special One” tem marcado a sua carreira por frequentes e constantes exemplos de superação colectiva, com reviravoltas improváveis nos últimos minutos. Muito mais do que a palavra “golo”, da parte de Mourinho é a palavra “vitória” que é repetida à exaustão.
Nota1: Excluindo os 3 grandes, entre 2007 e 2009, apenas o Marítimo em 2008 teve melhor diferença de golos do que as equipas de Jesus nas respectivas épocas (tendo em conta os resultados dentro do campo e não os efeitos do “caso Meyong”). No entanto, em termos pontuais, o treinador nunca atingiu o 4º lugar.
Nota2: Mais golo, menos golo, mais vitória, menos vitória, será muito difícil a qualidade do seu Benfica não chegar para fazer de Jesus um treinador campeão em 2010.
Será, segundo este raciocínio, mais um problema de orientação motivacional, estando esta mais direccionada para a superação em jogos que estão a correr bem do que para aqueles onde, por alguma eventualidade, tal não acontece. Não resisto, neste campo, a fazer uma comparação com aquele que será, provavelmente, o exemplo do paradigma oposto: José Mourinho. Reconhecendo-se grande qualidade a todos os níveis, o “Special One” tem marcado a sua carreira por frequentes e constantes exemplos de superação colectiva, com reviravoltas improváveis nos últimos minutos. Muito mais do que a palavra “golo”, da parte de Mourinho é a palavra “vitória” que é repetida à exaustão.
Nota1: Excluindo os 3 grandes, entre 2007 e 2009, apenas o Marítimo em 2008 teve melhor diferença de golos do que as equipas de Jesus nas respectivas épocas (tendo em conta os resultados dentro do campo e não os efeitos do “caso Meyong”). No entanto, em termos pontuais, o treinador nunca atingiu o 4º lugar.
Nota2: Mais golo, menos golo, mais vitória, menos vitória, será muito difícil a qualidade do seu Benfica não chegar para fazer de Jesus um treinador campeão em 2010.
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