9.3.09

Sporting - Paços: Facilitar ajuda

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Atitude – Para o Sporting foi um jogo fácil. Porque marcou cedo, porque o adversário nunca conseguiu ser grande oposição mas, sobretudo, porque houve uma atitude perante o jogo que, desde cedo, deu o domínio ao Sporting. Esse é o grande mérito do Sporting no jogo. A forma como manteve níveis de intensidade (concentração e agressividade) elevados desde o primeiro minuto proporcionaram uma grande eficácia ao seu pressing que impediu o Paços de jogar e manteve sempre a bola do lado do Sporting que, mesmo sem um elevado número de ocasiões no primeiro tempo, teve várias recuperações que, pela zona em que foram conseguidas, muito facilmente podiam ter tido o mesmo destino daquela que deu a vantagem antes dos 10 minutos.

Paços – Em futebol, medir onde acaba o mérito de uma equipa e começa o mérito da outra, dada a natureza do próprio jogo é um exercício meramente especulativo. Neste caso, estas duas contribuições confundem-se bastante. O Paços tentou criar um bloco curto para defender bem em largura e retirar espaços ao Sporting. O problema, no entanto, foi a forma como a posse de bola acabou por ser asfixiada pelo pressing do Sporting. O Paços procura jogar sempre no pé, o que sendo filosoficamente correcto é, em certos casos, um erro prático. Aqui esteve grande parte do demérito de uma equipa que, depois de se ter apanhado em desvantagem, também nunca foi capaz de esboçar sequer um sinal ameaçador.

Pedro Silva – Na exibição do Sporting, destacou-se muito a ala direita. De facto a ligação entre Pereirinha e Pedro Silva foi muito boa, com a racionalidade e inteligência táctica do português a ajudar a colmatar os contra efeitos da maior impulsividade do brasileiro. Sobre Pedro Silva recaem grande parte dos elogios do momento na equipa do Sporting. Pedro Silva tem os pontos fortes que a platéia aprecia e os pontos fracos que esta não consegue ver (é curioso mas faz-me lembrar, em sentido oposto, o caso de Rochemback). É um jogador enérgico que parece jogar primeiro com a alma e só depois com a cabeça. Isto faz com que seja um jogador dinâmico e com capacidade de desequilíbrio, mas também um constante risco defensivo. Já o disse, o futebol é um jogo mais emocional do que racional e, tendo em conta a concorrência, o tipo de adversários da Liga e a boa organização colectiva do Sporting, entre virtudes e defeitos, Pedro Silva é claramente a melhor opção para o lugar.

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