16.3.09

Porto – Naval: Poupada a goleada

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Superioridade – A ideia que fica depois deste jogo é que havia no Porto uma grande vontade de colocar finalmente um ponto final na malapata do Dragão. O resultado foi uma exibição muito bem conseguida, revelando uma superioridade tão evidente como natural, e que só não teve mais expressividade no marcador por alguns casos de ineficácia quase gritante na finalização.
Na minha apreciação, a superioridade do Porto tem de ser partilhada com um jogo menos conseguido por parte da Naval. A mobilidade dos jogadores portistas foi excelente e a reacção à perda de bola condicionou muito a capacidade figueirense para dar alguma expressão à sua posse de bola. A verdade, no entanto, é que o Porto contou com uma oposição muito “mole” em termos de agressividade e com manifestas dificuldades em controlar as chegadas portistas às zonas de finalização. Por isso se viram tantas jogadas vistosas, com 10 e mais passes consecutivos e com jogadores a sair facilmente de situações em que tinham inferioridade numérica. Com esta atitude perante um adversário como o Porto, pode dizer-se que a Naval se pode dar por muito satisfeita de não ter saído do Dragão com uma das mais pesadas derrotas da temporada.

Sem Hulk – Um dos aspectos mais curiosos da exibição do Porto foram os efeitos da ausência de Hulk. Lisandro (apesar de não ter marcado), Mariano e Lucho tiveram mais margem para a fazer da mobilidade uma fonte de problemas para os adversários e cada um destes argentinos terá realizado mesmo uma das melhores exibições da época a título individual, recuperando muitas das características que se viram no Porto em 07/08. Não quer isto dizer, obviamente, que um elemento com a capacidade individual de Hulk retire qualidade ao Porto, mas serve de exemplo para o brasileiro sobre o caminho que deve dar à sua evolução como jogador.

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