Ainda fora de Portugal não tive oportunidade de ver os jogos de ontem (ao contrário do que acontece com a maioria dos jogos da Liga, felizmente!). Estando nesta condição devo confessar o gozo que me dá ouvir as transmissões radiofónicas pela Internet, recordando outros tempos e, sobretudo neste caso, matando saudades das emoções que se vivem quando se está mais perto. Ontem referi aqui o quanto positivo creio ser esta Quarta Feira para os adeptos portugueses e, apesar da tal satisfação por ouvir o relato, dei por mim a suspirar perante alguns comentários a desfazer a ideia da competição, pelos 0-0, pelos penaltis mas, sobretudo parece-me pelos embaraços sofridos pelos grandes. Se às vezes parece difícil, há outras em que se torna bastante claro porque é que o nosso futebol continua a perder terreno para as principais ligas...
Então não chegamos todos à conclusão de que havia poucos jogos em Portugal? A realidade de fazer gestão dos planteis existe em todos os países com os riscos desportivos que são evidentes e que podem ser comprovados todos os anos com grandes clubes a serem eliminados por outros bem mais modestos. Cada treinador tem de fazer opções, podendo dar oportunidades a jovens e outros jogadores que raramente jogam durante a temporada ou, em alternativa, arriscando menos por não querer perder a oportunidade de vencer mais uma competição... é assim em todo o lado e o que me parece negativo é querermos poucos jogos para que os nossos clubes possam ganhar sempre sem ter de fazer grande esforço (o que é próprio de ligas menores e menos competitivas). Por mim, continuo a defender que o futebol é para se jogar muitas vezes e que depois cabe aos profissionais fazer o seu trabalho, gerindo entre as expectativas e o desgaste...
Então não chegamos todos à conclusão de que havia poucos jogos em Portugal? A realidade de fazer gestão dos planteis existe em todos os países com os riscos desportivos que são evidentes e que podem ser comprovados todos os anos com grandes clubes a serem eliminados por outros bem mais modestos. Cada treinador tem de fazer opções, podendo dar oportunidades a jovens e outros jogadores que raramente jogam durante a temporada ou, em alternativa, arriscando menos por não querer perder a oportunidade de vencer mais uma competição... é assim em todo o lado e o que me parece negativo é querermos poucos jogos para que os nossos clubes possam ganhar sempre sem ter de fazer grande esforço (o que é próprio de ligas menores e menos competitivas). Por mim, continuo a defender que o futebol é para se jogar muitas vezes e que depois cabe aos profissionais fazer o seu trabalho, gerindo entre as expectativas e o desgaste...
---
Sobre os resultados, nota evidente para a proeza em Fátima que significa também o embaraço portista em anos consecutivos – algo raro, tanto mais que se trata de uma equipa que aparece dominadora na prova principal. Os outros grandes deram-se bem com os penaltis e, para além das eliminações de Belenenses e Nacional, nova referêcia para o Setúbal que voltou a atropelar o mais poderoso Braga – será que Carvalhal vai ser a maldição dos Arsenalistas um ano depois da sua polémica saída?
Referir ainda, que a partir de agora as coisas serão mais difíceis para os mais pequenos com uma eliminatória a 2 jogos e a fase grupos. Adivinha-se por isso uma disputa interessante entre Sporting e Benfica na derradeira fase da prova.