É um derbi que vem cedo na época, mas já de uma importancia bem significativa para os dois rivais. Tudo por causa de mais um começo dominador do FC Porto que ameaça escapar-se de forma bastante preocupante sobre aquele (senão os dois) que levar a pior.
Para além da questão classificativa há ainda outros aspectos que aproximam os dois conjuntos no momento do confronto. Primeiro, a dificuldade que os dois treinadores (cada um à sua maneira) têm sentido em tirar o melhor rendimento do modelo por cada um idealizado, e depois a fidelidade extrema a dois sistemas que ambos não abdicam, nem deverão abdicar.
Do lado encarnado, o 4-4-2 que se caracteriza pelas suas 2 linhas de 4 e pela diferença entre os dois avançados – um mais móvel, outro mais fixo. Neste embate é até possível que o Espanhol aproxime mais vincadamente um dos da frente ao quarteto de meio campo para dar maior força a um sector que terá de defrontar o famoso e normalmente poderoso losango de Paulo Bento. O Benfica procurará não perder nunca o seu equilíbrio em campo, unindo as suas linhas sempre que o adversário tiver a bola e fazendo um pressing zonal a partir de um bloco que não creio que vá ser muito alto.
No Sporting, sempre a busca da posse de bola, com o modelo tantas vezes repetido por Paulo Bento, assente numa forte transição defensiva e numa posse de bola que procura ser rápida, apoiada e com grande entrosamento de movimentações. O esqueleto será o 4-4-2 mas com o tal losango no meio e provavelmente com Djaló na frente para tentar dar aquilo que a equipa raramente tem: explosão na transição ofensiva.
Pelas características das equipas, tudo aponta para que o Sporting só possa vencer se a sua posse for dominante durante os 90 minutos. Aqui o papel e a inspiração de Romagnoli pode ser determinante, já que é o Argentino o único a parecer conseguir desequilibrar com os seus movimentos em apoio, ora à direita, ora à esquerda. Nota ainda neste aspecto para as dificuldades que os leões parecem sentir para manter a consistência do seu jogo em momentos de maior frequência de jogos. O Benfica, por seu lado, terá que começar precisamente por anular o futebol mais rotinado do meio campo leonino. Aqui outro aspecto se levanta: superioridade numérica verde e branca sobre o “miolo”. É assim no papel mas não tem de ser no campo e a ligação das linhas pode ser fundamental para isso. Outro problema para o Benfica é o seu futebol ofensivo que parece não ter explosão nem ligação para fazer grandes estragos. Já o referi, a qualidade até agora mostrada pelos alas não é suficiente e este é um aspecto relevante para um sistema que reserva espaço a dois extremos. No Benfica tem sobrado apenas a inspiração e qualidade de Rui Costa e Di Maria e mais uma vez será sobre eles que recairão as atenções. Francamente, parece-me que Camacho estava ser generoso com os seus quando afirmou que a qualidade do futebol das duas equipas se equipara neste momento, mas este facto não dá ao Sporting qualquer favoritismo em 90 minutos de intensidade, inspiração e emoção.
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Para a memória fica um dos triunfos mais azedos dos encarnados frente ao rival. Ganhou por 3-0 mas perdeu Mourinho!
Para além da questão classificativa há ainda outros aspectos que aproximam os dois conjuntos no momento do confronto. Primeiro, a dificuldade que os dois treinadores (cada um à sua maneira) têm sentido em tirar o melhor rendimento do modelo por cada um idealizado, e depois a fidelidade extrema a dois sistemas que ambos não abdicam, nem deverão abdicar.
Do lado encarnado, o 4-4-2 que se caracteriza pelas suas 2 linhas de 4 e pela diferença entre os dois avançados – um mais móvel, outro mais fixo. Neste embate é até possível que o Espanhol aproxime mais vincadamente um dos da frente ao quarteto de meio campo para dar maior força a um sector que terá de defrontar o famoso e normalmente poderoso losango de Paulo Bento. O Benfica procurará não perder nunca o seu equilíbrio em campo, unindo as suas linhas sempre que o adversário tiver a bola e fazendo um pressing zonal a partir de um bloco que não creio que vá ser muito alto.
No Sporting, sempre a busca da posse de bola, com o modelo tantas vezes repetido por Paulo Bento, assente numa forte transição defensiva e numa posse de bola que procura ser rápida, apoiada e com grande entrosamento de movimentações. O esqueleto será o 4-4-2 mas com o tal losango no meio e provavelmente com Djaló na frente para tentar dar aquilo que a equipa raramente tem: explosão na transição ofensiva.
Pelas características das equipas, tudo aponta para que o Sporting só possa vencer se a sua posse for dominante durante os 90 minutos. Aqui o papel e a inspiração de Romagnoli pode ser determinante, já que é o Argentino o único a parecer conseguir desequilibrar com os seus movimentos em apoio, ora à direita, ora à esquerda. Nota ainda neste aspecto para as dificuldades que os leões parecem sentir para manter a consistência do seu jogo em momentos de maior frequência de jogos. O Benfica, por seu lado, terá que começar precisamente por anular o futebol mais rotinado do meio campo leonino. Aqui outro aspecto se levanta: superioridade numérica verde e branca sobre o “miolo”. É assim no papel mas não tem de ser no campo e a ligação das linhas pode ser fundamental para isso. Outro problema para o Benfica é o seu futebol ofensivo que parece não ter explosão nem ligação para fazer grandes estragos. Já o referi, a qualidade até agora mostrada pelos alas não é suficiente e este é um aspecto relevante para um sistema que reserva espaço a dois extremos. No Benfica tem sobrado apenas a inspiração e qualidade de Rui Costa e Di Maria e mais uma vez será sobre eles que recairão as atenções. Francamente, parece-me que Camacho estava ser generoso com os seus quando afirmou que a qualidade do futebol das duas equipas se equipara neste momento, mas este facto não dá ao Sporting qualquer favoritismo em 90 minutos de intensidade, inspiração e emoção.
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Para a memória fica um dos triunfos mais azedos dos encarnados frente ao rival. Ganhou por 3-0 mas perdeu Mourinho!