O momento da jornada
O segundo golo do Benfica com o pormenor delicioso de Rui Costa. Não tão vistoso mas mais importante é o trabalho do 10 na construcção da jogada
V.Setúbal 3–1 Braga
Foi a sensação da jornada. Não tanto pela vitória em si, mas pela forma como foi conseguida. Desde o primeiro minuto os Vitorianos estiveram melhor do que a bem mais poderosa formação bracarense. O jogo foi, como é tão comum neste Braga de linhas pouco ligadas, veloz e com muito espaço. Assim se explicam os golos e as ocasiões num jogo em que Carvalhal deu uma valente demonstração de como o seu regresso a Setúbal pode ter sido salvação de mais uma época sadina. Do outro lado, mantenho reservas quanto a Jorge Costa.
Porto 1-0 Marítimo
Foi uma exibição que, alguns jogos depois, voltou a passar a ideia de um Porto escasso de criatividade colectiva, parecendo estar à espera da inspiração de Quaresma e bloqueando quando esta não surge na dose habitual. Jesualdo optou por voltar a colocar Lisandro na frente e desta vez muitos terão sido os que se lembraram do tantas vezes desprezado Adriano. A verdade é que as movimentações brasileiro não têm paralelo no plantel e prevejo que a integração de Farias necessite de paciência até porque a realidade de um ponta de lança no futebol Argentino é drasticamente diferente. Do outro lado, havia curiosidade em torno da resposta do co-líder Marítimo. Os madeirenses confirmaram-se uma formação acima da média do ponto de vista individual, no entanto a equipa não teve o arrojo para discutir a partida de forma mais séria. Primeiro, porque lhe faltou sempre capacidade no último terço e segundo porque defender foi mais uma questão de agrupamento numérico do que excelência organizacional. Porque na verdade mandou no jogo, o Porto mereceu o golo de Lisandro.
Benfica 3-0 Naval
Finalmente a Luz teve um jogo descansado. Camacho prossegue as suas experiências, com a questão a centrar-se mais numa questão de ajuste de individualidades do que na busca de novos princípios. A vitória é tão inquestionável quanto os números traduzem, mas há que referir as debilidades adversárias. A Naval é, e foi, uma equipa frágil e intranquila (aliás isso ficou mais claro com a saída de Chaló), aparecendo na Luz com uma estratégia que passava por aguentar o mais possível e, se ainda fez sofrer o Benfica durante os minutos iniciais, quando o golo surgiu a equipa ficou perdida sem saber mais o que fazer, sendo, por isso, devidamente penalizada. No Benfica, os destaques vão para a qualidade de Di Maria a jogar solto e para o perfume do impressionante Rui Costa. No outro prato da balança mantêm-se os extremos, onde, à margem de Di Maria, ainda não apareceram soluções verdadeiramente credíveis para Camacho.
E.Amadora 0-2 Sporting
Paulo Bento trouxe duas introduções importantes para a partida, os montenegrinos Purovic e Vukcevic. O ponta de lança passa a ser a opção primordial para o ataque e do seu rendimento vão depender uma boa parte das aspirações leoninas na temporada. Para já ainda não se viu o recurso à mais valida que pode representar a sua estatura mas é provável que Paulo Bento incorpore também essa solução mais tarde ou mais cedo. Quanto a Vukcevic, parece ser a opção que oferece garantias mais próximas das que dava Nani. Vukcevic é um jogador diferente de Izmailov, dá-se melhor junto à linha onde se sente confortável a entrar no 1x1 ou a combinar com os jogadores que por lá aparecem. Esta será, portanto, a solução mais natural para os jogos em que o Sporting se depare com equipas eminentemente defensivas. De resto, a partida não tem muita história para contar. O Sporting superiorizou-se desde cedo, forçando e aproveitando os erros de um Estrela que parece ainda longe do nível pretendido – sobretudo defensivamente. O 0-2 foi sinal de arrefecimento e controlo, até porque vem aí o Manchester.
Belenenses 2-1 U.Leiria
Jorge Jesus deve ter engolido em seco quando o Leiria se adiantou. O Belenenses teve um inicio de temporada complicado mas nem por isso brilhante ou próximo do que as expectativas sugeriam. Uma derrota frente ao Leiria transformaria um inicio de temporada tremido num problema bem mais complexo. O Belém deu a volta com brilhantismo, denotando carácter num momento complicado e, diga-se, dotando alguma justiça a uma partida em que foi superior. O Leiria – esta temporada bem mais modesto –bateu-se bem, desafiando o fora de jogo azul e conseguindo assim não só o seu golo como as suas ameaças na partida. O Belenenses voltou a ganhar e deverá encarrilar num campeonato positivo, faltando no entanto colmatar a saída do influente Dady na frente.
Foi a sensação da jornada. Não tanto pela vitória em si, mas pela forma como foi conseguida. Desde o primeiro minuto os Vitorianos estiveram melhor do que a bem mais poderosa formação bracarense. O jogo foi, como é tão comum neste Braga de linhas pouco ligadas, veloz e com muito espaço. Assim se explicam os golos e as ocasiões num jogo em que Carvalhal deu uma valente demonstração de como o seu regresso a Setúbal pode ter sido salvação de mais uma época sadina. Do outro lado, mantenho reservas quanto a Jorge Costa.
Porto 1-0 Marítimo
Foi uma exibição que, alguns jogos depois, voltou a passar a ideia de um Porto escasso de criatividade colectiva, parecendo estar à espera da inspiração de Quaresma e bloqueando quando esta não surge na dose habitual. Jesualdo optou por voltar a colocar Lisandro na frente e desta vez muitos terão sido os que se lembraram do tantas vezes desprezado Adriano. A verdade é que as movimentações brasileiro não têm paralelo no plantel e prevejo que a integração de Farias necessite de paciência até porque a realidade de um ponta de lança no futebol Argentino é drasticamente diferente. Do outro lado, havia curiosidade em torno da resposta do co-líder Marítimo. Os madeirenses confirmaram-se uma formação acima da média do ponto de vista individual, no entanto a equipa não teve o arrojo para discutir a partida de forma mais séria. Primeiro, porque lhe faltou sempre capacidade no último terço e segundo porque defender foi mais uma questão de agrupamento numérico do que excelência organizacional. Porque na verdade mandou no jogo, o Porto mereceu o golo de Lisandro.
Benfica 3-0 Naval
Finalmente a Luz teve um jogo descansado. Camacho prossegue as suas experiências, com a questão a centrar-se mais numa questão de ajuste de individualidades do que na busca de novos princípios. A vitória é tão inquestionável quanto os números traduzem, mas há que referir as debilidades adversárias. A Naval é, e foi, uma equipa frágil e intranquila (aliás isso ficou mais claro com a saída de Chaló), aparecendo na Luz com uma estratégia que passava por aguentar o mais possível e, se ainda fez sofrer o Benfica durante os minutos iniciais, quando o golo surgiu a equipa ficou perdida sem saber mais o que fazer, sendo, por isso, devidamente penalizada. No Benfica, os destaques vão para a qualidade de Di Maria a jogar solto e para o perfume do impressionante Rui Costa. No outro prato da balança mantêm-se os extremos, onde, à margem de Di Maria, ainda não apareceram soluções verdadeiramente credíveis para Camacho.
E.Amadora 0-2 Sporting
Paulo Bento trouxe duas introduções importantes para a partida, os montenegrinos Purovic e Vukcevic. O ponta de lança passa a ser a opção primordial para o ataque e do seu rendimento vão depender uma boa parte das aspirações leoninas na temporada. Para já ainda não se viu o recurso à mais valida que pode representar a sua estatura mas é provável que Paulo Bento incorpore também essa solução mais tarde ou mais cedo. Quanto a Vukcevic, parece ser a opção que oferece garantias mais próximas das que dava Nani. Vukcevic é um jogador diferente de Izmailov, dá-se melhor junto à linha onde se sente confortável a entrar no 1x1 ou a combinar com os jogadores que por lá aparecem. Esta será, portanto, a solução mais natural para os jogos em que o Sporting se depare com equipas eminentemente defensivas. De resto, a partida não tem muita história para contar. O Sporting superiorizou-se desde cedo, forçando e aproveitando os erros de um Estrela que parece ainda longe do nível pretendido – sobretudo defensivamente. O 0-2 foi sinal de arrefecimento e controlo, até porque vem aí o Manchester.
Belenenses 2-1 U.Leiria
Jorge Jesus deve ter engolido em seco quando o Leiria se adiantou. O Belenenses teve um inicio de temporada complicado mas nem por isso brilhante ou próximo do que as expectativas sugeriam. Uma derrota frente ao Leiria transformaria um inicio de temporada tremido num problema bem mais complexo. O Belém deu a volta com brilhantismo, denotando carácter num momento complicado e, diga-se, dotando alguma justiça a uma partida em que foi superior. O Leiria – esta temporada bem mais modesto –bateu-se bem, desafiando o fora de jogo azul e conseguindo assim não só o seu golo como as suas ameaças na partida. O Belenenses voltou a ganhar e deverá encarrilar num campeonato positivo, faltando no entanto colmatar a saída do influente Dady na frente.