28.4.07

Hugo Sanchez, o goleador acrobático

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De lá para cá o Real Madrid viveu dias de glória, conquistou troféus e teve grandes jogadores, mas desde 1992 que ‘Los Blancos’ não conhecem um 9 tão proficiente quanto Hugo Sanchez.

Desde cedo tido como um talento no seu país, Hugo Sanchez foi cobiçado por vários emblemas europeus à entrada da década de 80. Madrid e Espanha foram a escolha do ponta-de-lança – alegadamente tendo a maior proximidade cultural como razão principal –, mas o destino chamou-se Atlético. A adaptação não foi fácil e o seu impacto tardou a fazer-se sentir nos ‘Colchoneros’. Hugo passou 4 épocas (81-85) no Atlético, tendo sido melhor marcador na última, o que lhe valeu a transferência para o colosso vizinho. No Barnabéu fez-se ídolo de uma equipa que ganhou 5 ligas consecutivas (86-90), e que tinha nomes como Butragueño, Camacho, Valdano e Michel. Foi ainda mais quatro vezes melhor marcador da liga (ficando, por isso, conhecido como o “PentaPichichi”) e conseguiu em 1990 o título de melhor marcador da Europa ao marcar uns impressionantes 38 golos, igualando o feito de Telmo Zarra em 1951 (uma espécie de Peyroteu do Atlético de Bilbao).

Hugo Sanchez foi, para além de goleador, um ponta-de-lança espectacular. De baixa estatura (1,75m), o Mexicano era um atleta nato, possuindo uma agilidade invulgar. Talvez tenha sido o jogador que melhor dominou a arte do pontapé acrobático, marcando diversos golos de bicicleta. Hugo Sanchez tinha ainda um fortíssimo pé esquerdo, capaz de executar livres com a maior das perfeições, e um precioso golpe de cabeça.

Apesar de ser considerado o melhor de sempre no seu país, Hugo nunca chegou a ter o mesmo protagonismo na sua Selecção. Ainda assim participou nos Mundiais de 78, 86 e 94 (marcou apenas 1 golo), tendo falhado, porém, as edições de 82 e 90. Actualmente segue uma carreira de sucesso como treinador, tendo conquistado dois títulos ao serviço do Pumas e sendo hoje o Seleccionador nacional Mexicano.

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