18.3.11

Benfica, Porto e Braga, o sonho europeu (Breves)

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- Começo com probabilidades, inferidas das casas de apostas:
  • Porto 28%
  • Villareal 20%
  • D.Kiev 12%
  • Benfica 12%
  • PSV 9%
  • Twente 7%
  • Spartak 7%
  • Braga 6%

Ou seja, probabilidade estimada de uma vitória portuguesa, 46%. Há muito que este me parece um ano anormalmente propício a esse feito, e, para já, o trajecto tem aumentando essa esperança. Nota para referir que estas probabilidades mudarão amanhã, com o sorteio.

- Em Paris, um bom resultado mas uma exibição "assim assim". Aliás, é um pouco irónica a história desta eliminatória. É que o Benfica começou por compromete-la com erros individuais e acabou por garanti-la, precisamente, com os erros individuais alheios. Porque não gostei do Benfica? Primeiro, porque não esteve bem no pressing (importante a presença de Makelele em posse), permitindo muitos passes verticais em organização, onde o PSG encontrou tempo e espaço para fazer o que o tanto procurava, os cruzamentos. Depois, porque a definição em ataque rápido não foi, habitualmente, a melhor (Saviola em destaque negativo e a confirmar uma tendência que já havia identificado recentemente). Na segunda parte, o rendimento melhorou, é verdade, mas mesmo assim foi preciso alguma felicidade para garantir esta qualificação. Finalmente, nota para o golo de Gaitan: a culpa tem de ser do guarda redes, mas é delicioso ver o jogador olhar para o área, indicar o cruzamento, e depois rematar.

- Uma nota sobre o PSG, e as equipas francesas. No dia anterior, vi um Lyon inocente demais para bater uma equipa inteligente e conhecedora do que deve fazer em todos os momentos do jogo ("dedo" de Mourinho, claro!). Mas vi também uma equipa que tem uma qualidade individual muito rara no futebol europeu. O PSG, tal como tinha previsto, não utilizou algumas mais valias durante praticamente toda a eliminatória (hoarau é, só, um dos avançados mais fortes no jogo aéreo, em todo o mundo). O Lille, por exemplo, foi eliminado jogando sempre com a segunda equipa. A razão pela qual os franceses não chegam longe nesta prova? Simplesmente, porque não a valorizam...

- Comentando, brevemente e em simultâneo, Porto e Braga: sem surpresas. Previsível no caso do Porto e confirmado no caso do Braga. As equipas de Domingos - e este é um aspecto para que venho alertando há muito - são muito fortes no plano mental. "Secar" o Liverpool - mesmo "este" Liverpool - em 2 jogos não é para todos. Com os recursos do Braga? É só para poucos. Muito poucos, mesmo!

- Já deixei a nota, no final da eliminatória anterior: os mais fracos são os holandeses. Um (Ajax), foi goleado. Outro (PSV), jogou contra a equipa que ainda era mais fraca do que os holandeses (Rangers). O Twente - que, em boa verdade, conheço menos actualmente - também me continua a deixar muitas dúvidas. O "ouro" do sorteio está nos países baixos!

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