Na verdade, o título é ambicioso. Assumidamente, esclareço já, para não haver confusões. As razões, deixo-as a seguir...
"Desses, qualquer um marca!", ou, "Não marca, mas contribui para o colectivo". São algumas das expressões ouvidas, nas várias discussões sobre avançados. O tema é actual, porque se fala da eminente saída de Falcao, de Cardozo e, até, de Postiga. Quanto marcam, todos sabem. Mas, quanto marcam as suas equipas quando eles jogam? Ou, quanto marcam quando eles não jogam? Melhor... qual é a diferença entre quando jogam, e não jogam?
E é isso que trago, quanto marcaram as equipas (não eles, mas as equipas, reforço), quando eles estiveram em campo, e quando não estiveram. E a diferença. Para os 3 casos do momento, e para mais 2, os últimos grandes goleadores a sair do campeonato.
E, agora, explico porque o título é ambicioso. Porque a análise precisa de consistência e coerência. Consistência, no número de observações, coerência, no enquadramento das mesmas. Coerência, tento garantir pela observação, apenas, de jogos da Liga Portuguesa, onde a tipologia de jogos é mais estável. Coerência, ainda, porque todos os jogadores analisados foram utilizados com frequência. O problema maior vem da consistência. São precisos muitos jogos para diluir efeitos de casos pontuais. Os 10 jogos que Falcao não jogou, são muito pouco consistentes. Os 38 de Liedson, muito mais conclusivos. Ainda assim, o ponto mais importante é que as regras são simples e iguais para todos, pelo que não há favorecimentos à priori. Quanto ao resto, ajustem, a gosto, as margem de erro.
Conclusões? Cada um tirará as suas. Eu tenho as minhas, mas não faço questão de as partilhar. Apresento apenas os dados, que são factuais, e espero que eles possam contribuir para alguma coisa. Porque deviam. Apenas uma ressalva: o grau de impacto pela ausência dos jogadores tem a ver com a qualidade de quem os substitui. Ou seja, não é por um jogador ter tido um grande impacto, no tempo em que jogou num clube, que fará falta no futuro. Depende de quem o venha a substituir. O caso de Lisandro (substituído por Falcao), é um bom exemplo.