(Artigo enviado por Tiago Videira)
A sexta jornada da nossa superliga não trouxe nada de novo ao panorama nacional desportivo, que é como quem diz, trouxe mais uma vez um chorrilho de casos em que a verdade desportiva continua a ser deturpada.
Nas altas instâncias da UEFA, lembro-me de haver apologistas que o futebol era humano, jogado por humanos e que o erro humano fazia parte, que sem esse erro, matar-se-ia o jogo e acabava-se a beleza do futebol. É verdade. Mas eu, pela minha parte, contento-me com o erro humano de um defesa que falha um tackle, de um guarda redes que dá um frango ou de um avançado que falha um golo de baliza aberta.
O erro humano na terceira equipa, é altamente prejudicial, revoltante, e só descredibiliza o espectáculo e a própria classe dos árbitros que passam por ser imediatamente considerados como "subornáveis".
Será pedir demais que todos os jogos da UEFA e dos primeiros escalões nacionais sejam filmados e que o quarto árbitro possa ir seguindo pela TV os lances? E com esse mesmo poder, comunicar directamente pelo intercomunicador ao árbitro principal "olha passou a linha", "olha que é fora de jogo", "olha que houve ali agressão, é vermelho", "foi simulação, não é penalty". Com um atraso de apenas uns segundos teríamos muito mais verdade desportiva, com meios que já estão ao alcance de todas as grandes ligas e grandes provas.
Nos escalões mais baixos, continuaria a haver inverdade, seja dito, mas se a qualidade e exigência aumenta à medida que subimos de escalão, então, a verdade desportiva que prevaleça e se tenha mais meios para a garantir. Não seria pedir muito, seria, aliás, pedir o mínimo exigível para se continuar a acreditar no futebol, e deixar que o erro humano continue a acontecer onde ele deve acontecer - nas equipas que se defrontam, e não em quem tem de zelar por elas imparcialmente.
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