Marselha-Porto
Reviver Marselha para o Porto é lembrar 03/04. Esse será um tónico positivo para uma partida decisiva para o apuramento dos Dragões. É que este Marselha para ser tudo menos previsível e a sua capacidade de surpreender faz-se sentir, quer pela positiva, quer pela negativa. Quanto vale o OM? Os 6 pontos em 2 jogos da Champions ou os 10 em 11 da Ligue1? A forma como os portistas vão interiormente responder a esta pergunta deve ser decisiva para a forma como a partida será encarada e, aqui, é importante não embandeirar em arco antes do tempo. Os Franceses são uma formação débil colectivamente e o perigo vem muito das acções individuais, especialmente do veloz Cisse, do poderoso Niang e do traquejado Zenden (que parece estar a passar um bom momento). Sob o aspecto individual os franceses lamentar-se-ão das baixas na zona de construção, com Nasri e Ziani – os dois mais influentes nessa zona – a ficarem de fora por lesão. Ao Porto pede-se que aguente o ambiente do Velodrome, que deixe a partida “adormecer” e que, tal como fazem as grandes equipas, a saiba “matar” quando o jogo estiver a seu favor.
Benfica-Celtic
É a reedição do “embate dos 3-0” em 06/07. Quem pensar, no entanto, que a coisa se deve repetir engana-se... Até pode acontecer, claro, mas é muito menos provável que tal aconteça este ano e os motivos estão mais do lado encarnado. É que o Benfica de Camacho não é tão explosivo como o de Fernando Santos e dificilmente se conseguirá impor de forma tão clara na Luz. Por outro lado, é mais constante, e também não creio que vá sentir tantas dificuldades quando voltar a Celtic Park. Do Celtic não se esperam surpresas. Actuará no seu “sagrado” 4-4-2 (será que eles conhecem outro sistema?) e praticará um futebol vertical que tem dificuldades em dar-se com a técnica dos latinos. O instinto e o espiríto dos escoceses não deve, no entanto, ser ignorado e quando chega a hora de jogar na área o perigo vem pela certa. Do lado encarnado a procura de um exibição de gala num jogo importante – algo que ainda não se viu com Camacho. A equipa precisa disso para a sua auto estima, já que tarda em mostrar o futebol que se lhe pede. A ver vamos se Camacho mantém a linha de 4 a meio campo – um “pecado” na minha opinião...