Se me dissessem, antes da partida, que o resultado seria o nulo, não me surpreenderia. Como referi no lançamento, parece-me que ambas as equipas estão construídas com “tracção-atrás” e num jogo com estas características pouco iriam arriscar. A surpresa, por isso, vem do elevado número de ocasiões conseguidas por ambos os conjuntos.
Tacticamente, o previsto. Sporting no losango com Yannick em vez de Purovic, porque a velocidade tinha mais valor do que a presença física, e o Benfica com as suas 2 linhas de 4, Di Maria mais próximo do que o costume do miolo e Nuno Gomes sozinho na frente. Após a inevitável fase de adaptação inicial, o Sporting assumiu sem surpresas a sua superioridade no meio campo, conseguindo durante uma boa parte do jogo ser mais perigoso e ameaçador. Nota, ainda assim, para dois aspectos que favoreceram o meio campo encarnado e que foram essenciais para que o losango não se impusesse mais na partida: O regresso de Katsouranis ao “miolo” e a presença de Vukcevic. O grego parece-me ter características que se encaixam perfeitamente num meio campo com apenas dois jogadores no centro dando outra qualidade ao preenchimento dos espaços nessa zona, e o montenegrino é um jogador que se agarra demasiado à ala esquerda, sendo uma vantagem a atacar mas revelando ainda bastantes lacunas na hora de fazer coberturas zonais mais interiores. Se o Sporting conseguiu os seus momentos no jogo pela superioridade do seu futebol mais rotinado, o Benfica respondeu com o recurso à emotividade e, como havia previsto, à acção individual de Rui Costa (sobretudo ele!) e Di Maria. Os encarnados voltaram a revelar fortes lacunas nas alas e os seus momentos no jogo aconteceram de forma mais descontinuada, essencialmente pelo facto de a equipa estar fortemente dependente em termos ofensivos de individualidades e não tanto de mecanismos colectivos. Esta deve ser uma preocupação séria para Camacho.
Tacticamente, o previsto. Sporting no losango com Yannick em vez de Purovic, porque a velocidade tinha mais valor do que a presença física, e o Benfica com as suas 2 linhas de 4, Di Maria mais próximo do que o costume do miolo e Nuno Gomes sozinho na frente. Após a inevitável fase de adaptação inicial, o Sporting assumiu sem surpresas a sua superioridade no meio campo, conseguindo durante uma boa parte do jogo ser mais perigoso e ameaçador. Nota, ainda assim, para dois aspectos que favoreceram o meio campo encarnado e que foram essenciais para que o losango não se impusesse mais na partida: O regresso de Katsouranis ao “miolo” e a presença de Vukcevic. O grego parece-me ter características que se encaixam perfeitamente num meio campo com apenas dois jogadores no centro dando outra qualidade ao preenchimento dos espaços nessa zona, e o montenegrino é um jogador que se agarra demasiado à ala esquerda, sendo uma vantagem a atacar mas revelando ainda bastantes lacunas na hora de fazer coberturas zonais mais interiores. Se o Sporting conseguiu os seus momentos no jogo pela superioridade do seu futebol mais rotinado, o Benfica respondeu com o recurso à emotividade e, como havia previsto, à acção individual de Rui Costa (sobretudo ele!) e Di Maria. Os encarnados voltaram a revelar fortes lacunas nas alas e os seus momentos no jogo aconteceram de forma mais descontinuada, essencialmente pelo facto de a equipa estar fortemente dependente em termos ofensivos de individualidades e não tanto de mecanismos colectivos. Esta deve ser uma preocupação séria para Camacho.
Notas individuais:
Maxi Pereira O esquema de Camacho pressupõe desequilíbrios a partir das alas mas o que se vê do Uruguaio é demasiado escasso para que se possa encarar esta como uma solução válida para o modelo de Camacho.
Rui Costa Há jogadores que nunca deveriam deixar de jogar! Rui Costa, aos 35 anos, só não é o jogador mais desequilibrador da liga porque em Portugal vivemos na “era Quaresma”...
Romagnoli Já o havia dito antes e voltei a mencioná-lo no lançamento que fiz ao jogo, Romagnoli é neste momento insubstituível no ataque leonino. É o jogador que mais desequilibra pela qualidade dos seus movimentos laterais e na Luz voltou a dar razão a esta teoria.
Yannick Foi o grande responsável pelo nulo verde e branco. Djaló começa a revelar um acanhamento estranho nos grandes jogos, parecendo acusar os grandes momentos. Precisa de mais confiança e, sobretudo, mais esclarecimento na hora de partir para o golo. Repetiu erros na recepção de bola quando estava em boas condições para finalizar e demonstrou pouca agressividade nas bolas divididas. Este é um pormenor que pode definir o destino de uma carreira...
Maxi Pereira O esquema de Camacho pressupõe desequilíbrios a partir das alas mas o que se vê do Uruguaio é demasiado escasso para que se possa encarar esta como uma solução válida para o modelo de Camacho.
Rui Costa Há jogadores que nunca deveriam deixar de jogar! Rui Costa, aos 35 anos, só não é o jogador mais desequilibrador da liga porque em Portugal vivemos na “era Quaresma”...
Romagnoli Já o havia dito antes e voltei a mencioná-lo no lançamento que fiz ao jogo, Romagnoli é neste momento insubstituível no ataque leonino. É o jogador que mais desequilibra pela qualidade dos seus movimentos laterais e na Luz voltou a dar razão a esta teoria.
Yannick Foi o grande responsável pelo nulo verde e branco. Djaló começa a revelar um acanhamento estranho nos grandes jogos, parecendo acusar os grandes momentos. Precisa de mais confiança e, sobretudo, mais esclarecimento na hora de partir para o golo. Repetiu erros na recepção de bola quando estava em boas condições para finalizar e demonstrou pouca agressividade nas bolas divididas. Este é um pormenor que pode definir o destino de uma carreira...