21.5.14

Ranking Guarda Redes - Liga 13/14

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Já não é a primeira vez que apresento este tipo de análise, mas ainda assim volto a relembrar as bases em que ela é feita, nomeadamente para minimizar erros de interpretação. A análise é fundamentalmente centrada nas ocasiões de golo que fui registando ao longo da temporada. Em geral, portanto, não existe praticamente qualquer ponderação técnica da minha parte às intervenções dos guarda-redes, sendo que a excepção dá-se no caso de haver uma responsabilidade clara do guarda redes na ocasião criada para o adversário, ou no golo sofrido, sendo penalizado por isso. Aqui, os penáltis têm também uma ponderação diferente das restantes situações. Existindo sempre uma componente subjectiva, sempre incontornável, o objectivo desta análise é minimizá-la, sendo que a ideia é que a prazo as diferenças de performance acabarão por se evidenciar, destacando evidentemente os melhores. Neste sentido, convém esclarecer que a volatilidade é tanto maior quanto menor for o número de intervenções a que o guarda redes for sujeito, e vice versa. Aqui ficam algumas notas:

Matt Jones - Segundo esta análise, foi o melhor guarda redes do campeonato. A este "feito" acresce o facto de ter sido dos guarda redes que foi sujeito a mais situações claras de golo, o que vem reduzir as hipóteses da sua eficácia de intervenção ser obra do acaso. Pessoalmente, creio que relevou alguma falta de critério a sair da baliza, num ponto em que deve ser trabalhado, mas numa altura em que o mercado está a aquecer, diria que se justifica olhar também para Matt Jones. No mínimo!

Rui Patrício - Manteve um rendimento muito bom durante a época, tendo dado um forte contributo para que o Sporting fosse a equipa menos penalizada em termos de eficiência dos adversários (golos sofridos por ocasiões consentidas). Se se confirmar a sua saída, será importante que o Sporting consiga manter este nível de rendimento na sua baliza.

Oblak/Artur - A ineficácia de Artur foi um tema que explorei aqui num tempo que, em retrospectiva, parece ter sido quase premonitório. De facto, a partir da troca na baliza a equipa passou a sofrer muito menos golos, sendo que - e como também escrevi na altura - o problema nunca esteve na permeabilidade defensiva, mas sim na eficácia dos adversários, que era invulgarmente elevada. O contraste entre os números de Oblak e Artur é verdadeiramente radical, e embora seja claro que o mérito/demérito de ambos teve um papel determinante no sucedido, quero também sublinhar que este nível de contraste só é possível porque ambos foram sujeitos a um número reduzido de ocasiões.

Helton/Fabiano - Uma palavra sobre os guarda redes do Porto, para sublinhar que também eles estiveram aquém das expectativas nesta temporada. Não foi por aí que a temporada interna terá derrapado, mas esperava-se mais face à qualidade que se lhes reconhece.

Eduardo - Não escrevi sobre isto a propósito dos convocados (na prática, e com grande probabilidade, acabará por ser irrelevante), mas parece-me bastante injusto que Eduardo tenha sido convocado para o Mundial depois da época que realizou, quando comparado com outros guarda redes potencialmente convocáveis. Em particular, teve uma primeira metade de temporada muito pouco conseguida, acabando por recuperar um pouco nesta fase terminal.

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