2- Um excelente ponto de partida para o jogo, será o último duelo entre ambos, no inicio da segunda volta. O Porto foi claramente mais forte, conseguiu puxar para si o domínio, mas só resolveu nos pormenores. A fórmula portista será a mesma, apelando à lucidez colectiva em todos os momentos, mas destacando-se, tacticamente, pela incidência que faz do seu trabalho da posse, em organização. Abrir os laterais, "afundar" os extremos do Braga e usar a qualidade e critério dos protagonistas do corredor central para definir os tempos e zonas de progressão. Estes serão os alicerces do edifício de jogo portista para a final. Da sua qualidade de implementação, por um lado, e da resposta que lhe for dada, por outro, se começará a desenhar o vencedor.
3- Do lado do Braga, dois problemas essenciais para resolver. Primeiro, e voltando ao primeiro ponto, a resposta individual dos jogadores. Sem ponta de sofisma, não há qualidade colectiva sem desempenho individual. O Braga tem dado respostas titubeantes nos últimos jogos, podendo começar pelo exemplo de Mossoró, precisamente no jogo contra o Porto, passando por Vandinho e Paulão na primeira mão da meia final, frente ao Benfica, e terminando em Hugo Viana, ainda no fim de semana anterior. A resposta, para que o sonho mantenha realista, terá de ser melhor.
4- O outro problema do Braga, é mais interessante do ponto de vista táctico. Tem a ver com a opção portista de abrir os laterais em posse, atraindo os extremos para zonas mais baixas e delegando as responsabilidades da construção no núcleo central. O problema, para o Braga, não está apenas na qualidade da dinâmica do meio campo do Porto, mas no facto de, baixando os extremos, ficar automaticamente relegado para um bloco mais baixo, condicionando seriamente o momento de transição. Tenho a curiosidade de verificar se haverá, da parte de Domingos, uma resposta especifica para o problema. Pessoalmente, diria que é preferível correr o risco de ver a bola entrar nos laterais, por cima dos extremos, do que perder capacidade de recuperação em zonas mais altas. Mas todas as soluções terão prós e contras.
5- O Porto, por seu lado, conta com o favoritismo, que não resulta de qualquer comparação de currículos, mas da perspectiva realista sobre o valor das equipas e daquilo que ambas mostraram ao longo da época. Para o Porto, porém, há que considerar que, apesar da superioridade territorial no jogo de Braga, o resultado só foi conseguido através de detalhes. Essa é a grande ameaça: a eficácia. O Porto, para além da qualidade, tem contado com a eficácia, mas terá de voltar a tê-la, porque do outro lado está também uma equipa que, potencialmente, poderá precisar de pouco para marcar a sua posição no jogo.
6- Importa, ainda, perspectivar o capítulo individual, na equipa portista. Otamendi fez o seu melhor jogo na Pedreira, e, a meu ver, deverá jogar. O central pode ser uma mais valia se estiver bem, mas também um dos principais candidatos a vilão, em caso de menor inspiração. Mais à frente, surge Guarin, um pouco na mesma medida de Otamendi. Guarin é, hoje, um desequilibrador ofensivo e é aí que marca a sua mais valia. Mas o colombiano é também um dos jogadores mais vulneráveis em posse, pelo que, e tal como Otamendi, é candidato principal a um papel nos dois extremos do protagonismo: herói ou vilão. Há ainda a dúvida sobre o extremo que jogará, mas porque Varela foi aquele que melhor resposta deu nos grandes momentos, imagino que possa ser ele o escolhido. Finalmente, e voltando ao jogo da Pedreira como rampa de lançamento para este duelo, resta lembrar que se o Porto teve dificuldades em materializar o domínio, também é bom notar que nesse jogo não esteve... Falcao.
4- O outro problema do Braga, é mais interessante do ponto de vista táctico. Tem a ver com a opção portista de abrir os laterais em posse, atraindo os extremos para zonas mais baixas e delegando as responsabilidades da construção no núcleo central. O problema, para o Braga, não está apenas na qualidade da dinâmica do meio campo do Porto, mas no facto de, baixando os extremos, ficar automaticamente relegado para um bloco mais baixo, condicionando seriamente o momento de transição. Tenho a curiosidade de verificar se haverá, da parte de Domingos, uma resposta especifica para o problema. Pessoalmente, diria que é preferível correr o risco de ver a bola entrar nos laterais, por cima dos extremos, do que perder capacidade de recuperação em zonas mais altas. Mas todas as soluções terão prós e contras.
5- O Porto, por seu lado, conta com o favoritismo, que não resulta de qualquer comparação de currículos, mas da perspectiva realista sobre o valor das equipas e daquilo que ambas mostraram ao longo da época. Para o Porto, porém, há que considerar que, apesar da superioridade territorial no jogo de Braga, o resultado só foi conseguido através de detalhes. Essa é a grande ameaça: a eficácia. O Porto, para além da qualidade, tem contado com a eficácia, mas terá de voltar a tê-la, porque do outro lado está também uma equipa que, potencialmente, poderá precisar de pouco para marcar a sua posição no jogo.
6- Importa, ainda, perspectivar o capítulo individual, na equipa portista. Otamendi fez o seu melhor jogo na Pedreira, e, a meu ver, deverá jogar. O central pode ser uma mais valia se estiver bem, mas também um dos principais candidatos a vilão, em caso de menor inspiração. Mais à frente, surge Guarin, um pouco na mesma medida de Otamendi. Guarin é, hoje, um desequilibrador ofensivo e é aí que marca a sua mais valia. Mas o colombiano é também um dos jogadores mais vulneráveis em posse, pelo que, e tal como Otamendi, é candidato principal a um papel nos dois extremos do protagonismo: herói ou vilão. Há ainda a dúvida sobre o extremo que jogará, mas porque Varela foi aquele que melhor resposta deu nos grandes momentos, imagino que possa ser ele o escolhido. Finalmente, e voltando ao jogo da Pedreira como rampa de lançamento para este duelo, resta lembrar que se o Porto teve dificuldades em materializar o domínio, também é bom notar que nesse jogo não esteve... Falcao.