Ora, Ferguson abordou esta final como sempre fez. Verificou a influência de Piqué na construção, e anulou-o com a atenção especial de Hernandez. Constatou a superioridade que o apoio recuado de Busquets poderia criar, e, qual McClair em 1991, baixou Rooney para sua zona. Na sua cabeça, estava anulada a superioridade em construção e a batalha do meio campo reduzida a um 2x2 de Xavi e Iniesta vs Carrick e Giggs. Mas Ferguson foi mais longe. Colocou os alas em posições mais interiores, reconhecendo a qualidade e dinâmica do jogo blaugrana no corredor central e, ainda, deu liberdade a um dos seus centrais para sair bem longe da sua zona e pressionar os movimentos interiores de Messi. O jogo táctico de Ferguson estava montado, mas o seu efeito estava longe de estar bem calculado...
Há vários problemas na aplicação prática das intenções de Ferguson:
1- Primeiro, e mais grave, a presunção de que dinâmica deste Barcelona é igual, ou sequer comparável, com outras equipas (como o Barça de Cruyff, por exemplo).
2- Os papeis de Hernandez e Rooney foram, de facto, suficientes para limitar significativamente a acção de Piqué e Busquets, que tiveram uma influência muito mais reduzida do que é hábito. Mas, foram também uma forma de desfocalizar atenções naquelas que são as zonas essenciais. A dinâmica do Barça foi mais do que suficiente para contornar as "ausências" de Busquets, utilizando Mascherano e Abidal, por exemplo.
3- O papel interior dos alas, foi permanentemente contrariado pelas acções dos laterais, especialmente Alves, que surgiu sempre como ameaça à direita, forçando o ala a abrir.
4- Toda a estratégia foi alicerçada em equilíbrios individuais e não na redução de zonas de jogo. Por exemplo, a profundidade da linha defensiva foi contra producente para que se conseguisse parar o meio campo do Barça, nomeadamente pelo espaço que ofereceu a quem aí pretendia receber a bola.
5- Houve dificuldades óbvias na interpretação da missão por parte de alguns jogadores. Rooney é um caso claro, pela falta de intensidade que teve em vários momentos ("perdeu" Busquets demasiadas e decisivas vezes), mas igualmente Giggs teve vários problemas, quer na primeira parte na zona central, quer na segunda, quando Ferguson o trocou com Park e o colocou na esquerda.
6- O condicionamento de Messi nunca foi feito no momento da recepção, como deveria ter acontecido, mas sempre após esse instante.
7- O corolário de tudo isto foi que a construção baixa do Barça ficou realmente condicionada, mas o seu condicionamento teve como implicação maior liberdade para o trio mais importante de anular no jogo do Barça: Xavi-Iniesta-Messi. Este foi o efeito secundário que Ferguson não antecipou.
Há vários problemas na aplicação prática das intenções de Ferguson:
1- Primeiro, e mais grave, a presunção de que dinâmica deste Barcelona é igual, ou sequer comparável, com outras equipas (como o Barça de Cruyff, por exemplo).
2- Os papeis de Hernandez e Rooney foram, de facto, suficientes para limitar significativamente a acção de Piqué e Busquets, que tiveram uma influência muito mais reduzida do que é hábito. Mas, foram também uma forma de desfocalizar atenções naquelas que são as zonas essenciais. A dinâmica do Barça foi mais do que suficiente para contornar as "ausências" de Busquets, utilizando Mascherano e Abidal, por exemplo.
3- O papel interior dos alas, foi permanentemente contrariado pelas acções dos laterais, especialmente Alves, que surgiu sempre como ameaça à direita, forçando o ala a abrir.
4- Toda a estratégia foi alicerçada em equilíbrios individuais e não na redução de zonas de jogo. Por exemplo, a profundidade da linha defensiva foi contra producente para que se conseguisse parar o meio campo do Barça, nomeadamente pelo espaço que ofereceu a quem aí pretendia receber a bola.
5- Houve dificuldades óbvias na interpretação da missão por parte de alguns jogadores. Rooney é um caso claro, pela falta de intensidade que teve em vários momentos ("perdeu" Busquets demasiadas e decisivas vezes), mas igualmente Giggs teve vários problemas, quer na primeira parte na zona central, quer na segunda, quando Ferguson o trocou com Park e o colocou na esquerda.
6- O condicionamento de Messi nunca foi feito no momento da recepção, como deveria ter acontecido, mas sempre após esse instante.
7- O corolário de tudo isto foi que a construção baixa do Barça ficou realmente condicionada, mas o seu condicionamento teve como implicação maior liberdade para o trio mais importante de anular no jogo do Barça: Xavi-Iniesta-Messi. Este foi o efeito secundário que Ferguson não antecipou.