- Para quem não viu, o resultado e o crédito que este Paços fez por merecer ao longo da época, darão uma ideia errada sobre o que realmente se passou no jogo. Ou seja, o empate é manifestamente penalizador para o domínio que o Porto conseguiu e o Paços esteve longe de ser das equipas que mais problemas colocou aos portistas.
- Apesar do Porto ter marcado cedo (numa bola parada repetida de outras ocasiões), a verdade é que foi no inicio que o Paços mais discutiu o jogo. Nesse período, foram potenciadas algumas perdas atípicas no meio campo portista, e houve alguma capacidade do Paços em dividir o jogo. Com o passar do tempo, porém, a situação tornou-se progressivamente mais descontrolada para o Paços. Aí, para além da já esperada qualidade do Porto em posse, sobressaíram alguns momentos de transição, potenciados a partir do pressing sobre a organização pacense.
- Depois da expulsão, deu-se a aparentemente paradoxal, mas não pouco habitual, situação de um acréscimo de domínio, chegando quase até níveis extremos (foi o jogo em que completou mais passes na Liga), e redução de proximidade com o golo. Isso, porém, não explica o empate do Paços, que apenas o conseguiu pelo rasgo de invulgar inspiração de Pizzi.
- Individualmente, nota para Souza. A par de Walter, eclipsou-se a meio da época sem que o seu rendimento o justificasse. Souza não terá a reactividade e capacidade de recuperação de Fernando, mas, parece-me, é a alternativa que melhor poderá render o "polvo" em termos de funções de "pivot". Guarin ganha pontos pela capacidade ofensiva que acrescenta, mas apenas isso.