- Primeiro o Porto. É sempre de desconfiar quando se joga tão longe de casa. Mesmo depois de uma primeira parte em que, a passo, deu para ver uma enorme disparidade de valias. Correu bem, mas dá para dizer que o Porto se colocou um pouco a jeito de perder 2 pontos sem necessidade. "No limiar do controlo", disse Villas Boas sobre a segunda parte. E foi mesmo. Dava para ter forçado e resolvido antes e não se pode dizer que o CSKA se tenha alguma vez aproximado continuamente do empate. Ainda assim, os búlgaros perceberam a 30 minutos do fim que poderiam empatar. E poderiam.
- Mais tarde, a goleada. Não há fome que não dê em fartura. O ditado aplica-se também no futebol e esta não foi a primeira vez em que tal se viu. Convém, porém, não confundir muito as coisas e não ver nesta exibição sinais que não são válidos para o que vem a seguir. Por exemplo, convém não tirar conclusões abusivas da correlação entre o resultado e o sistema, que é muito limitada. Aliás, o melhor mesmo é ver a segunda parte como um mero treino, porque os búlgaros quebraram vertiginosamente em termos de confiança após o segundo golo, e a réplica que deram não pode ser considerada "normal". A grande novidade, mesmo, e que já vem de outros jogos, chama-se Vukcevic. A jogar sobre a direita - lembram-se do debate no tempo de Paulo Bento? - tem condições para ser muito mais desequilibrador, algo que tem, em termos individuais, faltado a Paulo Sérgio. Outra nota importante vai logicamente para Salomão. Não é surpresa também, embora esteja ainda numa fase de arranque de carreira. Aliás, e embora os dados dessa altura fossem ainda muito escassos e não dessem para conclusões muito significativas, já davam para alguns indicadores. Lembram-se dos dados estatísticos que apresentem sobre a pré época? Há outro caso individual de que falarei amanhã...