- 0,2% O que é isto? Podia ser a estimativa do PIB nacional para a próxima década, mas não. Era a probabilidade teórica do Chipre marcar 4 frente a Portugal. Afinal, trata-se só de uma coincidência estatística, dirão os mais académicos. Se pusermos os pés na terra, porém, temos de convir que há mais do que um capricho dos deuses no "Guimarazo" cipriota. E não estou a falar de nenhuma mesquinhez de bastidores...
- Tudo começou 2 horas antes do apito inicial em Guimarães. Em Barcelos, era preciso ganhar. Foi quase. Tivesse Portugal tido oportunidades de golo e até podia ter sido possível. Sem oportunidades, claro, ficou um bocadinho mais difícil. A boa parte é que também já ninguém acreditava...
- Agora, e de novo, o "Guimarazo". A análise mais detalhada fica para depois, mas, se quiserem, ficam já os 2 aspectos que resumem a incompetência e que explicam também a "possibilidade estatística" lograda pelos cipriotas:
1) o funcionamento amador da linha defensiva (lembram-se do Mundial?)
2) o critério absurdo por trás de algumas opções individuais
- Há 2 anos dizia-se que Queiroz era preciso por causa do futebol de base. Sobre isso não posso opinar muito, porque desconheço com pormenor o que se passa nas Selecções de base. O que sei - e isto, eu sei! - é que a evolução táctica ao nível das 2 principais Selecções foi nulo nestes 2 anos. E "nulo" é simpatia.
- A coisa potencialmente mais preocupante é que, com uma direcção em fim de ciclo e um seleccionador mais preocupado com a exposição mediática do seu ego, não haverá ninguém cujos interesses pessoais estejam directamente ligados ao sucesso desportivo da Selecção. Ou seja, a não ser que Madaíl tenha a ilusão de continuar, o melhor é que esperar que ninguém faça nada durante um bom tempo...
E este é, para mim, o verdadeiro "caso Queiroz"