Pouca qualidade colectiva
Comecei o Mundial a comentar a desilusão que fora o empate entre França e Uruguai e a projectar a dicotomia entre o potencial individual e a desorientação organizacional dos sul americanos. Na verdade, porém, não foram apenas as equipas sul americanas a mostrar carências ao nível da organização colectiva. Foi um pecado geralmente partilhado por todas as selecções e um choque para quem acaba de vir de uma época clubistica, onde a optimização dos processos colectivos não tem comparação possível. Provavelmente ninguém superará as catastróficas performances de França e Itália, mas o mal foi generalizado. De tal forma o foi, que me parece justo, um dia depois das criticas, referir que o nível colectivo de Portugal não foi, nem de perto, dos piores da competição. Apenas acho que se deve exigir bem mais do que aquilo que vimos.
Eclipse das estrelas
Por cá falamos muito de Ronaldo, mas nem Messi, nem Rooney, nem Ribery, nem Torres, nem Gerrard, nem Lampard têm estado ao melhor nível. Não será uma novidade, mas esta é uma competição ainda orfã de uma grande figura, e, vendo bem as coisas, é bem provável que as unidades mais importantes acabem por surgir de nomes pouco esperados. Ainda assim, creio, ainda vamos ter um dos “tubarões” a emergir na recta decisiva.
A importância do calendário
Competências e incompetências à parte, parece-me claro que o calendário faz mesmo muita diferença. O fiasco de candidatos como a França e Itália, abriu espaço a que Uruguai e Paraguai tivessem a vida facilitada no acesso às fases finais. Mas não foram casos únicos. O Gana, por exemplo, discutirá com os uruguaios um lugar no quarteto final, sem que alguma destas selecções tenha batido, sequer, um candidato ao título. O mesmo se pode dizer da Holanda, que tem o primeiro obstáculo realmente complicado apenas nos quartos de final. Caso inverso terá, por exemplo, a Alemanha. Depois do clássico com a Inglaterra, segue-se a Argentina e no caminho para a final ainda está um provável cruzamento com a Espanha. Tal como atrás, quero deixar uma nota sobre a selecção portuguesa e especular que com a sorte de outros, provavelmente chegaríamos bem mais longe. Mais uma vez, porém, as criticas têm muito mais a ver com uma exigência de qualidade do que com os resultados propriamente ditos.
Comecei o Mundial a comentar a desilusão que fora o empate entre França e Uruguai e a projectar a dicotomia entre o potencial individual e a desorientação organizacional dos sul americanos. Na verdade, porém, não foram apenas as equipas sul americanas a mostrar carências ao nível da organização colectiva. Foi um pecado geralmente partilhado por todas as selecções e um choque para quem acaba de vir de uma época clubistica, onde a optimização dos processos colectivos não tem comparação possível. Provavelmente ninguém superará as catastróficas performances de França e Itália, mas o mal foi generalizado. De tal forma o foi, que me parece justo, um dia depois das criticas, referir que o nível colectivo de Portugal não foi, nem de perto, dos piores da competição. Apenas acho que se deve exigir bem mais do que aquilo que vimos.
Eclipse das estrelas
Por cá falamos muito de Ronaldo, mas nem Messi, nem Rooney, nem Ribery, nem Torres, nem Gerrard, nem Lampard têm estado ao melhor nível. Não será uma novidade, mas esta é uma competição ainda orfã de uma grande figura, e, vendo bem as coisas, é bem provável que as unidades mais importantes acabem por surgir de nomes pouco esperados. Ainda assim, creio, ainda vamos ter um dos “tubarões” a emergir na recta decisiva.
A importância do calendário
Competências e incompetências à parte, parece-me claro que o calendário faz mesmo muita diferença. O fiasco de candidatos como a França e Itália, abriu espaço a que Uruguai e Paraguai tivessem a vida facilitada no acesso às fases finais. Mas não foram casos únicos. O Gana, por exemplo, discutirá com os uruguaios um lugar no quarteto final, sem que alguma destas selecções tenha batido, sequer, um candidato ao título. O mesmo se pode dizer da Holanda, que tem o primeiro obstáculo realmente complicado apenas nos quartos de final. Caso inverso terá, por exemplo, a Alemanha. Depois do clássico com a Inglaterra, segue-se a Argentina e no caminho para a final ainda está um provável cruzamento com a Espanha. Tal como atrás, quero deixar uma nota sobre a selecção portuguesa e especular que com a sorte de outros, provavelmente chegaríamos bem mais longe. Mais uma vez, porém, as criticas têm muito mais a ver com uma exigência de qualidade do que com os resultados propriamente ditos.