27.7.10

Reforços 10/11: James Rodriguez

ver comentários...
Não é propriamente uma novidade, tal o tempo que já lá vai desde o seu anuncio como reforço portista. Numa sequência que estranho e lamento, porém, ainda poucos puderam ver este “puto” de dragão ao peito. James Rodriguez já fora aqui referenciado, quer na sequência da revisão que fiz do campeonato argentino, quer no destaque feito ao Banfield. O destaque colectivo da sua equipa, aliás, tornou impossível que não se olhasse para ele. Dizer que James era o melhor do Banfield é no mínimo discutível, mas era, seguramente, o único jovem a brilhar naquela equipa que dominou o futebol argentino na última metade de 2009. Aqui ficam algumas notas sobre o jogador.

Pontos fortes: pé esquerdo e capacidade de trabalho
Se procurarem por James Rodriguez no youtube seguramente que vão encontrar a essência do seu ponto forte. O pé esquerdo. James é um jogador ainda em fase de crescimento e se foi projectado como um prodígio, muito se deve a alguns momentos que o seu pé esquerdo proporcionou. Em particular, a sua finalização é notável, quer dentro, quer fora da área, e isso faz dele um provável marcador de golos, mesmo não sendo dos mais jogava perto do golo.

Outro atributo do jovem é a sua capacidade de trabalho. Normalmente espera-se de um jovem talentoso, que seja também algo displicente na forma como encara o resto do jogo. Ou seja, o tempo em que não tem a bola. No Banfield, porém, James jogava como ala esquerda num 4-4-2 clássico e muito trabalho lhe era exigido no seu flanco. Não tem uma capacidade fisíca que lhe permita ganhar muitos duelos, mas tem uma atitude perante o jogo muito positiva para a sua idade.

Pontos fracos: Craque? Ainda não...
James pode ter um perfil promissor e até ter boas condições para vir, de facto, a ser um nome forte do futebol mundial, mas, para já, ainda está longe de o ser. Para além do capítulo decisional – normal na sua idade – James não é também um jogador invulgarmente criativo. O tempo e a sua evolução ditarão o patamar que poderá atingir, mas, para já, James é apenas um miúdo que o Banfield revelou como parte de uma equipa. Um jogador capaz de momentos de inspiração que valem jogos, mas sem verdadeiro o peso de um grande craque.

Antevisão: É importante saber esperar
O risco de James está na forma como foi contratado. Investimento elevado, equipa principal e grandes expectativas. James, no entanto, dificilmente conseguirá ganhar o lugar numa equipa que tem Hulk, Rodriguez, Varela, Mariano ou mesmo Ukra. Não é isso que se lhe deve pedir, e se for isso que dele se espera, então o mais provável é que acabe mal a sua experiência no Dragão.

James tem de ter um plano de evolução, uma estratégia para o fazer compreender melhor as alterações tácticas que irá experimentar e, ao mesmo tempo, evoluir nos outros capítulos do jogo. Para isso o melhor era jogar. Ou, pelo menos, também jogar. Mas não é liquido que aconteça.

Enfim, quando olho para o perfil de James, não é difícil classifica-lo como “interessante”. O que o torna invulgar, porém, é o bilhete de identidade: apenas 19 anos! E o melhor mesmo é que não se confundam as coisas...



Ler tudo»

AddThis