Fácil – Qual a diferença entre este jogo e o do Leixões? Dois factores fundamentais. Eficácia e a qualidade do adversário. De facto, marcar cedo ajuda a ganhar e ganhar ajuda a que a avaliação qualitativa que é feita pela generalidade seja positiva. De resto, não me parece, até, que a exibição do Sporting no primeiro tempo (porque o segundo foi, pelo resultado, necessariamente diferente) fosse inferior no quer que seja à do jogo que acabou com a surpreendente vitória do Leixões em Alvalade.
O Sporting, apesar do domínio que exerceu desde a primeira jogada, chegou ao golo na sua primeira oportunidade real, tirando partido de uma apatia incompreensível daquela que deveria ser a zona de pressão do Vitória. Esse lance, cujo mérito se divide entre Postiga e Moutinho, marca inequivocamente o jogo, com o Sporting a poder jogar sem a ansiedade de quem corre atrás do resultado. O Vitória tentou reagir, fazendo aquilo que, claramente, não sabe. Subir o bloco. O Sporting nem é particularmente forte em transições que explorem a profundidade mas o Vitória fez questão de fazer, desse, um aspecto secundário, sendo apanhado em total desequilíbrio no lance que deu o 2-0. Daí para a frente o Sporting concedeu uma oportunidade clara numa transição conduzida por Gregory e (des)controlada por um sentido posicional suicida de de Polga, ainda no primeiro tempo. Aliás, foi na primeira parte que o Sporting esteve pior, particularmente a seguir ao seu segundo golo. Muita lentidão na definição do primeiro passe encravou a dinâmica da posse de bola verde e branca e fez, até, parecer que o pressing vimaranense era minimamente perturbador. Na segunda parte, porém, a tranquilidade regressou ao jogo do Sporting, com um domínio total do ritmo, do tempo e do adversário.
Dizer que o 3-0 seria, até, mais esclarecedor da diferença entre as equipas no jogo e que o Sporting nem fez uma exibição excepcional ou isenta de erros é esclarecedor sobre o que se passou em Alvalade.
O Sporting, apesar do domínio que exerceu desde a primeira jogada, chegou ao golo na sua primeira oportunidade real, tirando partido de uma apatia incompreensível daquela que deveria ser a zona de pressão do Vitória. Esse lance, cujo mérito se divide entre Postiga e Moutinho, marca inequivocamente o jogo, com o Sporting a poder jogar sem a ansiedade de quem corre atrás do resultado. O Vitória tentou reagir, fazendo aquilo que, claramente, não sabe. Subir o bloco. O Sporting nem é particularmente forte em transições que explorem a profundidade mas o Vitória fez questão de fazer, desse, um aspecto secundário, sendo apanhado em total desequilíbrio no lance que deu o 2-0. Daí para a frente o Sporting concedeu uma oportunidade clara numa transição conduzida por Gregory e (des)controlada por um sentido posicional suicida de de Polga, ainda no primeiro tempo. Aliás, foi na primeira parte que o Sporting esteve pior, particularmente a seguir ao seu segundo golo. Muita lentidão na definição do primeiro passe encravou a dinâmica da posse de bola verde e branca e fez, até, parecer que o pressing vimaranense era minimamente perturbador. Na segunda parte, porém, a tranquilidade regressou ao jogo do Sporting, com um domínio total do ritmo, do tempo e do adversário.
Dizer que o 3-0 seria, até, mais esclarecedor da diferença entre as equipas no jogo e que o Sporting nem fez uma exibição excepcional ou isenta de erros é esclarecedor sobre o que se passou em Alvalade.
Guimarães – Será provavelmente a grande desilusão da temporada. A falta de qualidade do futebol do Vitória facilitou muito a tarefa ao Sporting. Cajuda optou por um figurino com reforço do meio campo e mais mobilidade na frente, destacando-se a zona curta que definiu para entalar o jogo leonino. A ideia era manter sempre a linha defensiva um bom par de metros acima da área e iniciar a pressão apenas no seu meio campo. Assim seria definida uma zona densa onde haveria pouco espaço para jogar. A ideia não é nova e é aplicada muitas vezes e com sucesso por esse mundo fora, mas para que se perceba como não funcionou basta ver o primeiro golo. João Moutinho fica facilmente livre na tal zona que devia ser densa e tira partido do adiantamento da linha defensiva vimaranense para oferecer o golo a Postiga. Se o Vitória não foi capaz de levar a cabo a sua estratégia de resistência durante mais do que 8 minutos, pouco mais terá feito quando tentou, a partir daí, recuperar do tal golo de Postiga. A equipa sobe no terreno e até consegue, por via disso, levar a bola para zonas mais adiantadas. O problema é que nem a sua posse tem qualidade para evitar a perda, nem o seu posicionamento oferece qualquer segurança para as transições. É simplesmente um risco que se prolonga pelo jogo fora. Foi assim a partir do 1-0 e se o Sporting apenas marcou mais 1 foi porque definiu quase sempre mal a opção de passe quando se aproximava em boas condições da área de Nilson.
Cajuda parece estar preocupado com a concorrência ao seu lugar. Não sei se tem motivos para isso ou não, o que sei é que este Vitória, actualmente, não vale um lugar na metade de cima da tabela.
Carriço, Pereirinha e Postiga – 3 nomes que destaco. O primeiro é jovem e, diz-se muito, tem imenso potencial. Desconheço o seu passado e penso que tem dado bons passos para quem está só a começar, mas tenho uma certeza. Para ser um central de topo no futebol nacional tem ainda muitos jogos para fazer. O melhor mesmo será aprender com os erros. O segundo está a subir claramente e merece um lugar mais regular entre os eleitos. Se o meio campo é tão concorrido, porque não dar-lhe mais espaço como lateral? Paulo Bento pode encontrar nessa solução uma oportunidade para poder jogar com um interior direito mais posicional, não perdendo largura no corredor. Postiga terá sido o destaque do jogo. É um jogador competente e uma opção válida. Creio, no entanto, que a gestão dos avançados tem sido muito sábia por Paulo Bento, não fossem, claro, as loucuras de Derlei.