31.12.08

Bom ano!

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Não me vou atrever a fazer um balanço de 2008 porque há sempre tanto para contar que o mais certo era ficar algo por dizer. O balanço mais oportuno é, creio, aquele que se vai fazendo em cada momento e esse, seguramente, está feito.

Não posso, no entanto, deixar uma antevisão para 2009. O clima de crise financeira global leva-me a pensar que o futebol não ficará de fora. Se a crise afectou investimentos, afectará seguramente muitos dos "magnatas” que investem fortunas no futebol sem grande objectivo de retorno. Esse capital é, infelizmente digo eu, um dos principais motores da economia do futebol. Se os “magnatas” (muitos no leste) se encolherem na hora de investir, todo o mercado se ressentirá, juntando esse efeito a um outro, mais previsível e inevitável, que tem a ver sobretudo com a quebra nos investimentos em publicidade e com a menor facilidade na obtenção de crédito. Isto poderá levar, numa primeira instância, a um aumento enorme de notícias especulativas, tentando agitar um mercado que, quase irremediavelmente, não deixará de se ressentir.
Em Portugal também poderá ser um ano muito importante, nomeadamente se algo for feito em relação às punições desportivas por incumprimento salarial. Pode ser este o ano em que muitos clubes sentirão realmente o efeito do impacto de uma queda livre que já se iniciou há muito.
O futebol poderá, com tudo isto, tornar-se um palco menos apetecível para certos actores (o que não é necessariamente mau), mas há uma coisa de que estou seguro e que me satisfaz profundamente. Seja qual for o resultado da crise, em 2009 haverá, de novo, grandes jogos, grandes golos e grandes momentos de futebol. O dinheiro tornou-se na maior condicionante da indústria associada ao jogo. Para quem, como nós, gosta mesmo é da bola, não há grande coisa a temer!

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