Surpresa – Tinha aqui referido que era preciso não cair no mesmo erro, mas em sentido oposto, de muitos na altura das 3 derrotas consecutivas. Se o Porto de então não vivia mais do que uma crise circunstancial e não estrutural, potenciada pelas incidências dos próprios jogos, o Porto de hoje não atingiu ainda um nível qualitativo que o possa tornar na máquina trituradora de 07/08.
Pois bem, a verdade é que, apesar disto, este jogo me surpreende duplamente. Em primeiro lugar porque não esperava um tropeção contra este Marítimo, tão macio nos últimos jogos. Em segundo, porque, acontecendo o desaire, não me parece que o Porto tenha revelado tantos problemas como, por exemplo, frente a Setúbal ou Académica.
Ainda assim, e apesar do domínio portista em muitos momentos do jogo e de algum desperdício num número de ocasiões que deveriam ter evitado o nulo, não me parece errado o empate para aquilo que foi o jogo. É que o Marítimo não só melhorou defensivamente em relação aos últimos jogos, como ainda dividiu alguns períodos em que a sua posse foi mais capaz (como no inicio da segunda parte) e, principalmente, há que ter em conta que também os insulares se podem queixar de bastante infelicidade por não terem feito um golo no Dragão.
Pois bem, a verdade é que, apesar disto, este jogo me surpreende duplamente. Em primeiro lugar porque não esperava um tropeção contra este Marítimo, tão macio nos últimos jogos. Em segundo, porque, acontecendo o desaire, não me parece que o Porto tenha revelado tantos problemas como, por exemplo, frente a Setúbal ou Académica.
Ainda assim, e apesar do domínio portista em muitos momentos do jogo e de algum desperdício num número de ocasiões que deveriam ter evitado o nulo, não me parece errado o empate para aquilo que foi o jogo. É que o Marítimo não só melhorou defensivamente em relação aos últimos jogos, como ainda dividiu alguns períodos em que a sua posse foi mais capaz (como no inicio da segunda parte) e, principalmente, há que ter em conta que também os insulares se podem queixar de bastante infelicidade por não terem feito um golo no Dragão.
Marítimo – Surpreendeu-me a equipa de Lori Sandri. Ofensivamente foi perigosa e sobretudo muito esclarecida com bola, particularmente a entrada de Djalma, criando muitos problemas ao pressing do Porto. Defensivamente não foi brilhante, baixando por vezes demasiado o bloco e dependendo sempre muito da densidade numérica. A verdade porém é que controlou a profundidade que lhe fora fatal frente ao Benfica, mantendo-se sempre solidário, equilibrado e lúcido ao longo de 90 minutos de muito assédio. Só não estou convencido que se tivesse sofrido 1 golo, o Marítimo não se voltasse a abrir e expor defensivamente. Mas isso é algo que nunca poderemos saber...
Sem transições – Como referi, o Porto teve bons momentos no jogo e, até, conseguiu fazer uma melhor ocupação dos espaços no último terço de campo, sobretudo na primeira parte. Hulk apareceu mais vezes sobre a direita e menos na mesma zona de Lisandro (onde, diga-se, se torna contraproducente perante defesas mais densas). Lucho ganhou com isto e apareceu muito mais no jogo, ainda algo desinspirado ofensivamente, é verdade, mas já com algum espaço que lhe permite aparecer a desequilibrar com movimentos sem bola. Apesar disto, porém, o Porto foi pouco incisivo, esbarrando em demasia num bloco muitas vezes muito baixo e denso. O problema principal tem a ver com o facto de o Porto, impondo-se no jogo em vários momentos, não o ter feito através das acções em que é mais forte: as transições. O pressing não funcionou como é desejável, umas vezes pelos problemas que este novo figurino traz também à fase defensiva, mas sobretudo porque o Marítimo tem muita qualidade de circulação, conseguindo evitar essas perdas em zona mais adiantada. Com transições mais raras, o sucesso só poderia vir, ou de ataque organizado, onde é mais difícil e o Porto não é tão forte, ou de lances de bola parada, onde o Porto não foi feliz.