Com a aquisição de Had, o Sporting terá fechado o plantel para a nova temporada. Cerca de 2 meses volvidos desde a conquista no Jamor e Paulo Bento terá um pouco mais de preocupações do que nessa altura poderia prever. Entre os frequentemente utilizados em 06/07, Paulo Bento necessita sobretudo de encontrar uma forma de colmatar os abandonos de Tello, Caneira e Nani. A realidade no terreno de jogo, porém, vai para além da qualidade teórica dos intérpretes e é a dinâmica ofensiva da equipa que se tem apresentado como a grande ameaça para um arranque da temporada onde se jogarão, desde logo, jogos de elevada relevância para as expectativas da época. Se é verdade – como afirmou o treinador – que o tempo é ainda escasso para grandes evoluções, também não deixa de ser uma realidade que o Sporting tem fundamentos que já vêm de trás e que, por exemplo, na pré época passada o nível exibicional foi desde logo bem mais elevado.
A questão prende-se fundamentalmente com o lado esquerdo, flanco privilegiado pelos “leões” para os seus ataques em 06/07. Nani e Tello fizeram boa parte da temporada sobre a ala e foi, conjuntamente com Romagnoli, quando melhor estiveram estes elementos que a equipa mais rendeu. Não é segredo no futebol, sem qualidade individual torna-se complicado, senão impossível, atacar bem, e a questão que se coloca é precisamente se aquele flanco terá as características necessárias para ser dinâmico ofensivamente? Começando pela posição de lateral, Ronny tem-se demonstrado demasiado “verde” para se soltar ofensivamente (à margem, claro está, do seu dotado pé esquerdo) e Had parece ter sido uma opção mais para fechar na zona central do que para dar profundidade ao flanco. Mais à frente, não se duvida das qualidades técnicas de Vukcevic e Izmailov, mas actuar na posição de médio interior requer bem mais do que a mera qualidade individual. É preciso ter noção dos espaços, quer a atacar, quer a defender, não bastando ser um mero extremo que se cola à ala quando a equipa tem a bola e acompanha o lateral quando não tem. Estes jogadores têm ainda o problema da adaptação (em termos de comunicação e realidade de jogo) que – como afirmou Paulo Bento – é normal que demore algum tempo.
Paulo Bento tem, por tudo isto e não só, algumas opções a tomar. A equipa pode voltar-se mais para a direita quando tem a bola, tirando partido do mais fiável Abel e ainda do sempre dinâmico Moutinho. Numa hipótese mais remota (e mais arriscada também), a “desocidentalização” das aquisições em 07/08 pode também aproximar de uma forma de atacar mais característica da actual escola Sérvia. Usando um jogo mais directo e menos rendilhado e procurando ser mais explosiva na transição ofensiva. Não tenho dúvidas que esta é uma solução que, a prazo, Paulo Bento quererá incorporar pelo menos parcialmente nos princípios de jogo das suas equipas, mas talvez seja uma mudança demasiado radical para o arranque de temporada.
A questão prende-se fundamentalmente com o lado esquerdo, flanco privilegiado pelos “leões” para os seus ataques em 06/07. Nani e Tello fizeram boa parte da temporada sobre a ala e foi, conjuntamente com Romagnoli, quando melhor estiveram estes elementos que a equipa mais rendeu. Não é segredo no futebol, sem qualidade individual torna-se complicado, senão impossível, atacar bem, e a questão que se coloca é precisamente se aquele flanco terá as características necessárias para ser dinâmico ofensivamente? Começando pela posição de lateral, Ronny tem-se demonstrado demasiado “verde” para se soltar ofensivamente (à margem, claro está, do seu dotado pé esquerdo) e Had parece ter sido uma opção mais para fechar na zona central do que para dar profundidade ao flanco. Mais à frente, não se duvida das qualidades técnicas de Vukcevic e Izmailov, mas actuar na posição de médio interior requer bem mais do que a mera qualidade individual. É preciso ter noção dos espaços, quer a atacar, quer a defender, não bastando ser um mero extremo que se cola à ala quando a equipa tem a bola e acompanha o lateral quando não tem. Estes jogadores têm ainda o problema da adaptação (em termos de comunicação e realidade de jogo) que – como afirmou Paulo Bento – é normal que demore algum tempo.
Paulo Bento tem, por tudo isto e não só, algumas opções a tomar. A equipa pode voltar-se mais para a direita quando tem a bola, tirando partido do mais fiável Abel e ainda do sempre dinâmico Moutinho. Numa hipótese mais remota (e mais arriscada também), a “desocidentalização” das aquisições em 07/08 pode também aproximar de uma forma de atacar mais característica da actual escola Sérvia. Usando um jogo mais directo e menos rendilhado e procurando ser mais explosiva na transição ofensiva. Não tenho dúvidas que esta é uma solução que, a prazo, Paulo Bento quererá incorporar pelo menos parcialmente nos princípios de jogo das suas equipas, mas talvez seja uma mudança demasiado radical para o arranque de temporada.