9.7.07

Robert Prosinecki: "Rei" no Chile '87

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Entre aqueles que na história foram eleitos com o prémio de melhor jogador dos mundiais de Sub 20, encontram-se vários nomes cujas carreiras se perderam no tempo, não conseguindo, sequer, chegar perto das expectativas criadas. É uma curiosidade que se estranha e que terá, de facto, poucas excepções , entre as quais a principal é o próprio Maradona. Mas a recordação que quero fazer relaciona-se com outro nome que, embora a uma escala totalmente diferente, também acabou por dar bom seguimento à sua carreira: Robert Prosinecki.

Prosinecki foi eleito melhor jogador do Mundial de sub 20 no Chile, em 1987, quando a sua Jugoslávia se sagrou campeã contando com jogadores como Mijatovic, Boban ou Suker. Nesse tempo Prosinecki era uma promessa do Dinamo Zagreb, mas foi nos anos seguintes e com a camisola do Estrela Vermelha que se catapultou ao nível de Clubes. Em 1991 era o líder da equipa que conquistou a Taça dos Campeões Europeus, sucesso que lhe valeu a transferência para o Real Madrid no ano seguinte. O seu impacto nos Merengues não foi, no entanto, o melhor, sobretudo devido às sucessivas lesões. Rumou a Oviedo em 1994 e voltou, um ano depois, à ribalta, assinando pelo Barcelona (no mesmo ano em que apareceu no Barça um tal Luis Figo). Prosinecki, porém, voltou a não ser feliz num grande e a experiência no Barcelona de Cruyff durou apenas um ano, transferindo-se depois para Sevilha onde terminou a sua passagem por Espanha, bem antes dos 30. A opção seguinte passou por um regresso à Croácia e ao Dinamo Zagreb, onde passou 3 épocas felizes antes de terminar a sua carreira numa consecutiva mudança de Clubes, onde se destacam o Standard de Liége e, mais recentemente, o Portsmouth.
Ao nível de Selecções, Prosinecki foi sempre uma figura de proa, quer ao serviço da ex-Jugoslávia, quer depois com a Croácia. Participou em 3 mundiais (1990, 1998 e 2002) e num Europeu (2000).
Como a maioria dos distinguidos com o prémio de melhor de um mundial de Sub 20, Prosinecki era um médio criativo com pendor para comandar as acções ofensivas das equipas onde alinhava (se quiserem, mais simplesmente, actuava na posição 10). O problema com Robert foi, como em muitos outros talentos, o aspecto mental. É que, para além das lesões, Prosinecki foi sempre um jogador de intensidade baixa, não conseguindo ter, em campo, a melhor atitude quando actuava em formações de maior exigência. Esse foi, curiosamente, um aspecto desde muito cedo detectado por aqueles que acompanharam a sua ascensão.

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