Tinha aqui avançado com um merecido destaque a Leo Messi antes da final, mas a verdade é que foi o Brasil de Dunga a levar a melhor sobre a alviceleste, erguendo, mais uma vez, a taça de vencedor da Copa América. Se é verdade que a vitória brasileira na final se deve sobretudo ao sucesso do pragmatismo colectivo de Dunga sobre a simples criatividade Argentina, também não deixa de ser um facto que a prova brasileira fica marcada por um nome: Robinho.
Ainda no ambito da comparação com Messi, Robinho será, apesar de 3 anos mais velho, um jogador muito mais “verde” do que o talento do Barcelona. Robinho é o protótipo do jogador brasileiro: esguio e leve, tem na velocidade e fantasia dos seus dribles a grande virtude. Levou para Madrid as suas famosas “pedaladas”, mas no Barnabéu o real desafio tem sido o de aprender onde e quando deve soltar o seu talento. Aos 23 anos Robinho continua a luta pela adaptação ao futebol da vida real e, se o conseguir, poderá bem tornar-se num dos maiores do seu tempo. Para já, leva da Copa América o seu maior sucesso enquanto jogador, sagrando-se vencedor, melhor marcador e melhor jogador da prova.