5.6.14

Antevisão Mundial #1: Holanda

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Como nota prévia, referir que nos próximos dias tentarei (escrevo "tentarei", porque são muitas equipas e já faltam poucos dias) trazer aqui uma síntese daquilo que na minha análise se poderá esperar de cada uma das selecções presentes no Mundial 2014. A análise é essencialmente baseada nos jogos de preparação que se têm estado a realizar desde o final de Maio. Naturalmente, o meu conhecimento de cada uma das equipas será apenas breve, e muitas das conclusões serão falíveis, mas deverá ser suficiente para deixar uma ideia do que se poderá esperar da identidade base (sobretudo em termos tácticos) de cada um dos conjuntos.


Sistema táctico:
3-4-3. No jogo com o País de Gales, Van Gaal apresentou um 4-3-1-2 (losango), com Blind como médio interior e Indi como lateral esquerdo.

Orientações defensivas
A ideia parece ser ter uma primeira fase de pressão, formada pelas 3 unidades da frente, aproximando Sneijder da primeira linha e abrindo os avançados. A linha média inicia a sua presença pressionante nas costas deste trio, e a linha defensiva arrisca pouco em termos de exposição da profundidade, embora mantenha também ela uma presença pressionante nas costas das primeiras linhas.
Há algumas questões, relativamente à capacidade de trabalho defensivo dos avançados, assim como relativamente à capacidade de resposta de algumas das suas unidades defensivas. Será igualmente interessante verificar que implicações terá o desgaste desta intencionalidade pressionante, particularmente no primeiro e terceiros jogos. Para já, relativamente aos particulares, a equipa manteve-se estável e organizada, dentro destas orientações tácticas.

Orientações ofensivas
De acordo com a sua identidade histórica, a Holanda deverá ser uma equipa a procurar essencialmente um jogo apoiado a partir de trás. Há um foco natural, pela disposição táctica dos jogadores, para procurar o corredor central, onde no último terço a equipa é muito forte pela qualidade dos 3 jogadores mais adiantados. Relativamente aos restantes elementos, claramente, a qualidade não é tão grande. De destacar o facto de, em 3-4-3, a equipa oferecer muita presença à circulação baixa, sentindo mais dificuldades de progressão numa segunda fase ofensiva. Outro ponto facilmente identificável é a menor capacidade de exploração dos corredores laterais, quase sempre solicitados através do aparecimento dos laterais no espaço, ou seja depois da equipa ter conseguido trabalhar a jogada no corredor central. 

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