- Começando pelo que mais interessa: o efeito da eliminação. Parece-me muito provável que a possibilidade de substituição do treinador nem sequer seja equacionada. Ao contrário do que aconteceu durante anos a fio, é esse o dogma que hoje é respeitado por grande parte dos gestores desportivos. Mas faz mal, o Sporting. A hipótese de substituição do treinador deve ser discutida e contemplada de forma racional. É verdade que só faz sentido avaliar a utilidade dessa hipótese, perante o nome de um eventual substituto - importa melhorar o futuro e não punir o passado - mas no caso do Sporting, este é potencialmente um bom 'timing' para renovar energias e rectificar objectivos. Nesse aspecto, a questão parece-me simples: se Paulo Sérgio não tem condições para continuar em 11/12, então ambas as partes poderiam ficar melhor com o romper de ligação. Isto, claro, encontrando o Sporting um sucessor à altura...
- Sobre o jogo, não há muito a dizer. As dificuldades seriam esperadas para o Sporting, que encontrava uma equipa muito forte em jogos deste tipo. Pela atitude e estratégia que emprega. Para piorar - e, no caso, sentenciar - ainda houve um abrupto desnível de eficácia na primeira parte. O Sporting falhou, e o Vitória não: 2 oportunidades, 2 golos! Mas as lamentações de Paulo Sérgio não podem ir mais além. Para o que criou, o golo de Liedson - uma improvisação individual - foi tudo menos pouco para o que o Sporting efectivamente conseguiu produzir. Para terminar, ficam 2 perguntas: Zeca já havia estado muito bem no Dragão e parece ter clara qualidade para ser titular. Terá sido estratégia deixá-lo para uma fase mais adiantada no jogo, ou mera opção técnica? Será que o Sporting treinou para jogar sem Evaldo, como tentou Paulo Sérgio na 2ªparte?