- Farei a análise mais detalhada mais tarde, e deixo para essa altura mais comentários sobre os pormenores colectivos e individuais do jogo. Para já, quero apenas destacar - ou voltar a fazê-lo - a mudança de discurso de Jesus em relação àquele que foi sempre o grande problema da sua equipa: a confiança. Há uma semana fui surpreendido com esse discurso e referi que essa poderia ser a grande notícia para os benfiquistas. Os primeiros indícios concorrem para essa hipótese. Fazer o correcto diagnóstico e evitar alguns sofismas tantas vezes repetidos (entre os quais destaco algumas criticas descabidas à qualidade do plantel) será sempre um primeiro mas determinante passo para a solução.
- Não sei o que se passa, mas 17 golos em 3 jogos não é propriamente normal na Liga portuguesa. Eficácia, sim, mas também muitos erros explicam o "fenómeno", que, também, poderá ter contado com alguma descompressão mental pela proximidade do Natal (é apenas uma hipótese). Seja como for, Braga goleou uma Académica virada do avesso (10 golos em 2 jogos!), e o Vitória voltou ao jogo das reviravoltas mas desta vez viu-se do lado avesso. É muito motivador ganhar-se depois de se ter estado a perder, mas entrar sempre a perder também não indicia nada de bom e isso tem de ser - ou já deveria ter sido - motivo de reflexão. Tudo somado, e ainda à espera do que fará o Sporting, desenha-se uma luta interessante pelo 3º lugar. Uma situação que tinha previsto há algum tempo e que, dentro das coordenadas actuais, promete continuidade.
- Noutros mundos, Jesualdo continua a sua época radical, quem sabe à procura de novas emoções e mais adrenalina na sua profissão. O Málaga foi assim como que um trapézio sem rede, capaz de o despedir mesmo estando a fazer um campeonato normal. O Panathinaikos não sei bem o que será, mas é seguramente um passo em frente em termos de adrenalina...