Dando sequência a um defeso com contratações muito contestadas – desde logo, a já aqui abordada aquisição de Pepe – o Real Madrid voltou-se para o mercado Holandês onde, a troco de cerca de 40 milhões de euros, foi buscar duas pérolas: Drenthe ao Feyenoord e Sneijder ao Ajax.
Drenthe, 20 anos, foi a revelação do Euro sub 21, onde encantou pela forma enérgica como fazia explodir o jogo laranja sobre o flanco esquerdo. O seu estilo “tipo-Davids” já era conhecido, mas a época a baixo do par do Feyenoord atrasou a inevitável notoriedade do seu futebol. Se Schuster optar por colocá-lo como lateral, então deverá entrar de caras na equipa. Drenthe tem-se mostrado bem mais brilhante como médio mas a escassez de opções no plantel para a lateral esquerda e a elevada competitividade no “miolo” poderão ditar um inicio como “merengue” numa posição mais recuada do que aquilo que nos habituou nas impressionantes exibições que protagonizou recentemente.
Aos 23 anos Wesley Sneijder tem sido uma das figuras mais vezes trazidas à baila neste blogue, sobretudo pela frequência com que marca golos de qualidade. Sobre ele já aqui tinha estranhado a não existência de oportunidades para o “salto” para um jogador que tem na facilidade de remate a principal imagem de marca. A sua afirmação não será fácil e ao talento que tem terá de juntar carácter e nervo para se afirmar num dos mais difíceis clubes do futebol mundial.
Independentemente destas ou doutras aquisições, a verdade é que a maior preocupação dos adeptos “Blancos” começa a ser mais profunda. 5 derrotas e algumas exibições medíocres marcam um inicio pobre de temporada. Para já, Drenthe apareceu discreto como extremo e Sneijder firme na fase ofensiva do meio campo.