8.1.14

Benfica: Análise principais jogos

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Concluindo o ciclo de balanço que tenho estado a fazer nos últimos dias, apresento os dados dos jogos que fui analisando com mais detalhe, começando com o Benfica e seguindo depois com Porto e Sporting, nos próximos 2 dias. O critério para selecção de jogos a analisar tem a ver com o grau de dificuldade esperado (à priori) para cada desafio. No caso do Benfica, analisei até ao momento 11 jogos. Nota para referir que só são apresentados os dados de jogadores com uma utilização superior a 200 minutos. Aqui ficam algumas notas, relativamente aos jogadores.

Gaitan - Será provavelmente o jogador a justificar maior destaque positivo nesta análise, tendo em conta o rendimento e o tempo de utilização. A característica que mais sobressai é, claro, a capacidade criativa, com um volume de ocasiões criadas muito superior à de qualquer outro jogador. Mas Gaitan consegue também uma abrangência por outros capítulos de acção, com destaque para a sua capacidade de intervenção defensiva, um capítulo onde o seu contributo é extremamente subestimado em termos mediáticos, mas onde continua a revelar (e a constatação vem de outras épocas) um contributo muito positivo e acima da média para um jogador da sua posição.

Matic - Fui escrevendo que o seu rendimento objectivo tem estado regularmente aquém do potencial que tem e estes dado ajudam a explicar o problema. Não tem a ver com a capacidade de trabalho, nem com o potencial técnico, que são extraordinários para um jogador da sua posição, como aliás facilmente se reconhece. Tem, isso sim, a ver com o número de erros que vem acumulando em posse, sendo que a zona onde actua determina que cada passe perdido representa um risco importante para a reacção defensiva da equipa. Matic é o jogador com maior número de perdas de risco da equipa, e é bom salientar a importância de algumas dessas jogadas para as aspirações da equipa, como foram os casos dos jogos com o Marítimo e Olympiakos (casa). Na minha leitura, é um problema que tem muito que ver com o critério e com o assumir de um risco pouco aconselhável para a fase de jogo onde actua. Portanto, algo que pode ser facilmente corrigível.

Fejsa e Rodrigo - Surgem como dois dos nomes mais destacados nesta análise, mas é bom ter em conta o tempo de jogo, que não é muito e por isso torna menos conclusiva a análise. Ainda assim, são dois casos que deixaram boas indicações em jogos de maior grau de dificuldade. No caso de Fejsa, a sua capacidade de trabalho é o grande motivo de destaque, sendo que não tem mantido sempre a mesma sobriedade com bola noutras aparições que entretanto teve. Já Rodrigo tem mantido a mesma capacidade de desequilíbrio nos jogos recentes, sendo protagonista recorrente nas principais jogadas ofensivas da equipa. Algo que também já aqui abordei.

Markovic - Não é difícil perceber o seu potencial, tendo começado por deixar água na boca dos adeptos no começo da temporada, com algumas jogadas muito vistosas. A verdade é que o sérvio não foi capaz de dar sequência a esses sinais positivos, e apesar do elevado tempo de utilização, o facto é que raramente conseguiu ser uma figura verdadeiramente determinante, revelando por um lado, dificuldade em integrar os seus movimentos na dinâmica colectiva e, por outro, mostrando-se anormalmente ansioso em desequilibrar sempre que a bola lhe passa pelos pés, o que retirou propósito e eficácia às suas acções.

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