- Não se pode dizer que seja uma surpresa, mas não é por isso que a primeira parte do Sporting deva ser menos preocupante (talvez tenha sido a pior da época). Não se sabe o que daria o jogo noutras circunstâncias, mas fica a ideia que dificilmente a história teria sido a mesma sem as alterações ao intervalo. Muito particularmente, Liedson. O problema do Sporting está longe de ser centrado em questões individuais - não me entendam mal! - mas custa-me entender o lapso que foi cometido com Liedson. Que alguns adeptos sobrevalorizem e interpretem mal um momento de menor eficácia, parece-me normal. O mesmo já não posso dizer - a não ser que o critério não seja técnico - quando é o treinador abdica do jogador que, de longe, mais oportunidades consegue provocar de forma consistente (e fê-lo de novo ao tirar Vukcevic para manter Valdés em campo). Há 2 coisas que fazem sentido na sequência de todo este diagnóstico. A recorrente falta de oportunidades da equipa e... a conversa do "pinheiro".
- Sobre o jogo do Dragão, e para além dos dados de assistência (mais de 40 mil!), não há muito a dizer. O jogo serviu, mais do que para qualquer outra coisa, para motivar Walter. É sempre importante um avançado marcar porque é com golos que os índices emocionais normalmente mais crescem. Talvez Villas Boas não se importasse de canalizar um pouco dessa energia positiva para Falcao. Afinal, é ele que deve continuar a jogar.
- Na Luz houve um bom aproveitamento do "brinde" da Taça. Não pela exibição, mas pelas doses de confiança injectadas em algumas individualidades em fase de afirmação. Em particular, Kardec e Gaitan. O primeiro descobriu que o adversário não tinha "segundo andar" e transformou um jogo insosso numa goleada fácil. O segundo, sem deslumbrar, foi muito influente, assistiu, marcou e poderá ter reforçado os seus índices de confiança. Sobre os efeitos práticos, temos de esperar pelos próximos jogos...
- Sei que não é uma opinião popular, mas é a minha e de há muito tempo. O futebol português precisa urgentemente de maximizar a sua competitividade. Mais do que futebol, é uma questão de marketing, valorização do "produto" e geração de receitas. Os adeptos dos 3 grandes gostam sempre de ver os jogos dos seus clubes, mas pergunto-me quem mais - para além dos próprios adeptos - terá tido interesse em ver os jogos que foram televisionados? Então lá fora, estamos conversados. Tudo isto para concluir que a ocupação de 1 fim de semana com esta eliminatória da Taça serve muito pouco os interesses do nosso futebol. Digo eu...
- Entretanto, este ainda deve estar a pensar o que se passou ali!