1.11.07

Taça da Liga

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Finalmente, Emoção
Se dúvidas havia sobre o potencial desta competição a noite de Quarta Feira – ou pelo menos, os jogos dos grandes – desfizeram-nas. Dois jogos na TV, com público no estádio, emoção no desfecho e, mais importante ainda, imensa entrega dos jogadores. A Taça da Liga não é, nem nunca poderia ser, a cura para todos os males do modelo competitivo mas com um campeonato tão curto e uma Taça tão desinteressante, é, sem dúvida, uma boa novidade!


Sporting – Entrega total
Paulo Bento optou. Colocou o onze mais forte porque o jogo não era fácil. É uma opção de quem precisava deste resultado e, quem sabe, desta competição, mas sobretudo uma opção de quem quer mesmo ganhar e não procura desculpas para a derrota. O Fátima foi fantástico e acabou por ter com a sorte uma relação estranha que deu ao jogo um desenlace emocionante. O azar dos postes – 2 momentos que teriam sido o KO leonino – contrastou com a sorte de se marcar dois golos em livres apontados desde a zona do meio campo e com a bola a ressaltar em muita gente. Quanto ao Sporting, não foi brilhante, mas bravo. Os seus jogadores mostraram uma entrega notável para as adversidades que se lhe colocaram e tiveram o mérito de conseguir inverter uma situação que, a dado momento, esteve altamente complicada. Nota ainda para o autêntico exercício de “brainstorming” a que assistiu em 3 dias na comunicação social sobre a crise de resultados do Sporting... Muitas opiniões de quem tinha forçosamente de encontrar algo para dizer mas, digo eu, nem 1 única explicação que fosse concreta e lógica...

Benfica – Factura a Camacho
Contrastando com Paulo Bento, Camacho optou por levar uma equipa de segunda linha para Setúbal. Só há duas possibilidades sobre a estratégia do treinador: ou subvalorizou o Setúbal, ou desconsiderou a competição. Se foi pela primeira, errou onde não devia, tendo em conta as provas já dadas pelos sadinos. Se foi pela segunda, é uma opção cujo custo só mais tarde será apurado. É que num “grande” não basta dizer-se que se quer ganhar, é mesmo preciso fazê-lo! Os adeptos “alimentam-se” de títulos e quando eles não aparecem, o resultado é uma pressão bastante prejudicial para quem trabalha. As contas são fáceis de fazer, ou Camacho faz um brilharete nas competições que lhe restam, ou vai ver muita gente mal humorada para as bandas da Luz. Tendo em conta a situação na Liga e na Champions, esta parece-me ter sido uma boa oportunidade de ficar mais próximo de conquistar algo. Seja como for, a factura da “Carlsberg” terá de ser passada a Camacho, resta saber como a vai pagar...
Sobre este Setúbal, volto a Carvalhal para classificá-lo como um dos mais promissores técnicos nacionais no activo. A passagem em Braga (não me estou a referir, naturalmente, à forma como saiu) deverá ser revista e analisada pelo treinador, porque é provável que desafios mais altos se lhe voltem a colocar num futuro próximo e, aí, convém não soluçar.

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