Começo por pegar nas declarações de Hodgson onde o Seleccionador confessou ainda não ter percebido como é que se joga para empatar. Também eu não sei. Sei o que é jogar com um resultado favorável, mas para empatar... não. Sobre este tema, e lançando a partida, não creio que corramos o risco de ver Portugal tentar fazer aquilo que ninguém sabe como se faz, jogar para empatar. O sinal é dado pelo próprio Scolari, mantendo o 4-2-3-1 com Simão no espaço entre linhas.Esta é uma opção que, entre outras coisas, denota vontade de arriscar para conseguir ser mais desequilibrador no último terço do campo, mas em boa verdade tenho as minhas reservas...
4-2-3-1: Risco táctico
No rescaldo do jogo com a Arménia apontei 2 aspectos que me pareceram determinantes para a fraca exibição conseguida. Quanto à “concentração competitiva” creio que podemos estar descansados. Portugal vai entrar forte, determinado e tentando impor intensidade num jogo que ninguém tem dúvidas ser decisivo. As minhas dúvidas vão para a manutenção do 4-2-3-1, claramente falhado no teste de Sábado. A manter-se a opção, Scolari revela mais uma vez convicção de ideias, revelando que a estratégia não estava afinal dependente dos resultados do primeiro teste mas que seria para levar em diante independentemente dos indicadores deixados. Francamente, não creio ser hora para novos sistemas. Pelo carácter decisivo do jogo e, principalmente, pela falta de tempo para criar novas rotinas, mexer tacticamente não me parece o mais aconselhável num jogo em que os jogadores precisam de estar confortáveis com o seu papel em campo. Como referi após a partida frente à Arménia, em futebol não há factores que tenham um efeito independente e, apesar de tudo, admito ser possível Portugal contornar os problemas tácticos revelados em Leiria. Para tal será preciso melhor organização na movimentação dos 4 da frente, primeiro para criar linhas de passe na primeira fase de construção ofensiva, e segundo para que não se assista à desorganização colectiva no momento da perda de bola, tornando Portugal demasiado exposto na transição defensiva. Outro aspecto que não esteve presente frente à Arménia mas que será uma ameaça frente aos Finlandeses é o jogo de área. Lançamentos, livres, bolas bombeadas e cruzamentos são indicio de perigo e um golo pode facilmente surgir do nada. Finalmente, nota para Cristiano Ronaldo... Espero que para incluir Simão na zona ofensiva, Portugal não encoste Ronaldo sistematicamente ao ponta de lança. Se temos o melhor jogador do mundo é para o fazer jogar onde ele o é e não para o adaptar a posições alternativas.
No rescaldo do jogo com a Arménia apontei 2 aspectos que me pareceram determinantes para a fraca exibição conseguida. Quanto à “concentração competitiva” creio que podemos estar descansados. Portugal vai entrar forte, determinado e tentando impor intensidade num jogo que ninguém tem dúvidas ser decisivo. As minhas dúvidas vão para a manutenção do 4-2-3-1, claramente falhado no teste de Sábado. A manter-se a opção, Scolari revela mais uma vez convicção de ideias, revelando que a estratégia não estava afinal dependente dos resultados do primeiro teste mas que seria para levar em diante independentemente dos indicadores deixados. Francamente, não creio ser hora para novos sistemas. Pelo carácter decisivo do jogo e, principalmente, pela falta de tempo para criar novas rotinas, mexer tacticamente não me parece o mais aconselhável num jogo em que os jogadores precisam de estar confortáveis com o seu papel em campo. Como referi após a partida frente à Arménia, em futebol não há factores que tenham um efeito independente e, apesar de tudo, admito ser possível Portugal contornar os problemas tácticos revelados em Leiria. Para tal será preciso melhor organização na movimentação dos 4 da frente, primeiro para criar linhas de passe na primeira fase de construção ofensiva, e segundo para que não se assista à desorganização colectiva no momento da perda de bola, tornando Portugal demasiado exposto na transição defensiva. Outro aspecto que não esteve presente frente à Arménia mas que será uma ameaça frente aos Finlandeses é o jogo de área. Lançamentos, livres, bolas bombeadas e cruzamentos são indicio de perigo e um golo pode facilmente surgir do nada. Finalmente, nota para Cristiano Ronaldo... Espero que para incluir Simão na zona ofensiva, Portugal não encoste Ronaldo sistematicamente ao ponta de lança. Se temos o melhor jogador do mundo é para o fazer jogar onde ele o é e não para o adaptar a posições alternativas.
Termino deixando um receio: Um Europeu ou Mundial a ver os ”outros” jogar é uma experiência de muitos anos. Não gostaria de a repetir...