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25.3.09

Aliev e Conca

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O primeiro confirma que é uma dos melhores "atiradores" da actualidade. O segundo que já mereceria uma experiência europeia. Provavelmente não irá a tempo...


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22.10.08

Porto - D.Kiev - Sem capacidade para inverter a sorte!

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O Dínamo – Tinha deixado aqui o aviso para a qualidade deste Dínamo, muito diferente daquele que se apresentou o ano passado na Champions. Era, e ainda é, o principal adversário do FC Porto ao apuramento e será sempre uma formação muito complicada para qualquer adversário. Repetiram a proposta de jogo apresentada na Turquia, sem grande intenção de dar profundidade ao seu jogo ofensivo mas com a virtude de serem muito organizados e concentrados defensivamente e, depois, de terem uma muito boa capacidade para fazer da posse de bola uma arma de controlo do jogo e do adversário. Foram felizes na vitória que conseguiram mas, diga-se, o jogo decorreu precisamente como eles planeavam. Para se analisar o jogo tem de se ter em conta as dificuldades que o Dínamo criou defensivamente e, ao mesmo tempo, perguntar se os jogadores do Porto estavam conscientes de que teriam um adversário tão forte pela frente. Os adeptos certamente não estariam...

Entrada – Jesualdo falou, antes do jogo, de como a equipa sente que os seus processos de jogo são uma vantagem quando interpretados com a devida concentração e empenho. É um facto. Nomeadamente no que diz respeito ao pressing que é hoje, depois da perda de qualidade individual do plantel, a grande arma do futebol colectivo portista que está em grande medida dependente dos seus efeitos. Provocar o erro ao Dínamo não é fácil – não são uma equipa que erra facilmente em posse, ao contrário do que se pudesse pensar – mas o Porto tinha capacidade para fazer melhor do que aquilo que aconteceu nos primeiros minutos. Poucas vezes conseguiu transições perigosas e as suas iniciativas de maior perigo foram provocadas pela outra característica diferenciadora do ataque portista. A mobilidade. O facto de Lisandro (o melhor do Porto, na minha opinião) aparecer em zonas exteriores atrai as marcações para fora da zona de área, arrastando os centrais para zonas em que não estão tão confortáveis. O papel de Lucho (ainda abaixo do seu melhor) é depois fundamental ao aparecer em zonas de finalização e foi assim que o Porto quase chegou à vantagem. Não o conseguiu e também não conseguiu repetir muitas iniciativas que provocassem desequilíbrios, acabando depois por sofrer um golo que condicionou decisivamente uma partida já de si complicada. Sobre a bomba de Aliev pode dizer-se que Nuno foi ou não mal batido, o que sei é que devia estar prevenido para aquele pé direito. Não é novidade nem sequer é raro. Veja-se o seu livre mais famoso, ou aquele que marcou... no passado fim de semana!!

Fragilidades individuais – Apesar de pensar que a entrada do Porto poderia ter sido mais concentrada e agressiva do que foi, a sensação com que se ficou do jogo é que o Porto, de facto, deu o que tinha para ultrapassar aquela muralha ucraniana. Este sentimento leva a um outro, o de impotência. A verdade é que as saídas de Quaresma e Bosingwa retiraram grande parte da capacidade desequilibradora a este Porto que fica, assim, mais dependente de um Rodriguez desinspirado ou de um Mariano que, claramente, não pode mais como desequilibrador. A perda de qualidade do plantel começa a ser cada vez mais evidente, com maior peso a ser colocado sobre os ombros de Lisandro e Lucho, em termos individuais, ou da interpretação perfeita das acções colectivas. O Porto tem perdido várias unidades influentes nos últimos anos e, se os reforços não são capazes de dar uma resposta imediata ao mesmo nível dos que sairam, então não se pode esperar a manutenção de uma capacidade competitiva que vem sendo excelente nos últimos anos.

Situação – Esta fase de grupos está a meio e todos os cenários são possíveis. Para chegar aos oitavos, parece-me que o Porto precisa de fazer no mínimo, ou 6 pontos - ganhando na Ucrânia neste caso – , ou 7 pontos – em caso de empate na Ucrânia. Outra coisa que é evidente é que nem o apuramento para a Uefa é nesta altura um dado minimamente adquirido. Jogar com o Arsenal em casa na última jornada pode ser mesmo – tal como se havia antecipado – uma grande vantagem. De todo o modo esta será uma época, já se percebeu, de reconstrução colectiva para o Porto e muito do que se passará, quer internamente, quer externamente, vai depender da resposta que a equipa for dando ao longo do tempo.

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18.10.08

Dinamo Kiev: Alerta ao Dragão

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Internamente não sofre golos desde o inicio de Agosto (7 jogos), liderando o campeonato ucraniano com uma diferença de 13 pontos ao fim de 10 jogos para o mais forte concorrente ao título, o Shakhtar. Na Europa, venceu fora e em casa o Spartak e empatou frente ao Arsenal em casa e fora frente ao Fenerbahce. Os números são claros e quem vê esta equipa jogar não tem dúvidas: é preciso ter muitas cautelas com este Dinamo, um candidato real à qualificação no grupo do Porto.
De facto, não há um leque impressionante de estrelas neste Dinamo, mas a equipa apresenta-se muito sólida, bem organizada e com um leque de jogadores de muito boa qualidade, ao ponto de fazer esquecer as ausências por lesão de jogadores que, à partida, seriam titulares. Gusev – médio internacional Ucraniano – está de fora desde o inicio da temporada e Yussuf – médio nigeriano – e Milevsky – principal figura da equipa – têm estado ausentes da equipa. O Dinamo muda de sistema, adapta-se, mas mantém-se organizado e não se recente nos resultados. Para quem viu esta equipa frente ao Sporting, há um grande contraste entre o perfil de jogo, mais emotivo e menos organizado de então, e mais equilibrado e organizado de hoje.
Claramente, o Porto deve olhar com cautelas redobradas este duplo duelo que, a meu ver, definirá o apuramento.

Sistema táctico e opções
A primeira dúvida de Jesualdo é simples e importante. Com que sistema se apresentará o Dinamo? É que o Dinamo de inicio de época jogava em 4-1-3-2, com Milevsky e Bangoura a formarem dupla de ataque. Este sistema manteve-se internamente com a lesão de Milevsky, mas na Europa, Semin apresentou o 4-2-3-1 com Bangoura como única referência ofensiva. O problema é que Milevsky regressou e dificilmente ficará de fora. As hipóteses são o regresso a um 4-1-3-2 mais ofensivo ou manutenção do 4-2-3-1 com a adaptação de Milevsky à esquerda ou Bangoura à direita – não creio que deixem de jogar.
Na baliza, a revelação é Bohush (24 anos) que relegou o histórico Shovkovky para o banco.
Na defesa, 3 jogadores têm lugar assegurado. O brasileiro Betão (24 anos) à direita, o senegalês Pape Diakhaté (24 anos) no meio a formar dupla com Taras Mikhalik (24 anos), internacional ucraniano. Na esquerda, o marroquino El Kaddouri (27 anos) costuma levar a melhor sobre o internacional ucraniano Nesmachniy (29 anos).
No meio campo há várias opções e várias foram usadas. Ognjen Vukojevic é peça indispensável, seja como médio mais defensivo ou com maior liberdade. O nigeriano Ayila Yussuf (23 anos) foi outra solução usada como médio mais defensivo mas as constantes lesões têm-no afastado das opções. O romeno Ghioane (27 anos) é quem vem surgindo ao lado de Vukojevic no 4-2-3-1. Na posição 10, o camisa 8, invariavelmente. Oleks Aliev (23 anos). Nas alas, a ausência de Oleg Gusev (25 anos) tem aberto o lugar ao sérvio Milos Ninkovic (23 anos) utilizado recorrentemente, seja à direita ou à esquerda. El Kaddouri também foi solução para a ala esquerda, mas Ninkovic é quem vem jogando nessa posição, com o finlandês Roman Eremenko (21 anos) a actuar na direita.
Na frente a dupla formada por Bangoura (23 anos) e Milevsky (23 anos) começou por revelar-se em bom plano, mas com a lesão deste último outras opções começaram a ser utilizadas (como alternativa a Bangoura na Europa e como sua parelha na liga ucraniana). O experiente Shatskikh (30 anos) do Uzbequistão e os jovens ucranianos Kravets (19 anos) e Zozulya (18 anos) são os outros nomes a ter em conta, embora a sua utilização seja pouco provável, pelo menos durante um largo período.

Como defende?
É muito organizada esta equipa que se mantém quase sempre equilibrada em transição, preferindo recuar as suas linhas para actuar num bloco médio-baixo muito denso e difícil de ultrapassar. O pressing raramente é muito agressivo sobre a primeira fase de construção adversária, preferindo actuar em zonas mais recuadas ou em momentos de maior dificuldade circunstancial do adversário.
Nota para o papel notável de Vukojevic na cobertura de espaços no meio campo e para alguma exposição ao risco de El Kaddouri, um lateral mais orientado para as investidas ofensivas.
Quando joga em 4-2-3-1 este bloco é mais óbvio. Em 4-1-3-2, requere que Bangoura feche sobre a direita ou que Milevsky ajude sobre a meia esquerda.
A melhor maneira de surpreender este Dinamo, parece-me, é provocando o erro. Mas já lá vamos...

Como ataca?
Em posse é uma equipa que gosta de ter a bola no pé, sendo muito forte nas trocas de bola, especialmente no seu segundo momento ofensivo. Aliev actua como elemento central no jogo, gostando de participar na construção e sendo uma ameaça pela expontaneadade e acerto com que remata. A dinâmica das alas não é simétrica. Betão é mais posicional, enquanto que El Kaddouri gosta de subir no flanco, criando desequilíbrios. A compensação surge com o movimento de Ghioane (quando joga em 4-2-3-1) ou Bangoura (em 4-1-3-2) que se aproximam da ala. Nota para o bom toque de bola mas pouca profundidade de Ninkovic e para as diagonais de Eremenko, que gosta de aparecer no centro. No ataque, Milevsky é um pivot temível dentro da área ou nas imediações desta, enquanto que Bangoura, não sendo tão inteligente, é igualmente perigoso pela capacidade técnica e velocidade do seu futebol.
Devo, no entanto, realçar algumas dificuldades do primeiro momento de construção do Dinamo. O pontapé longo é uma solução muito pouco sistematizada (curiosamente Bolush até tem um pontapé muito forte) e a opção é sair em construção. No entanto, a equipa por vezes torna-se algo lenta sobretudo quando não consegue servir Vukijevic e passar a bola rapidamente para o seu meio campo ofensivo. Se for pressionado o Dinamo normalmente sente dificuldades.

Treinador
Yuri Semin (61 anos)
– Este russo tem um trabalho muito respeitável no futebol soviético. A sua história está ligada ao Lokomotiv de Moscovo, onde trabalhou 19 anos, transformando a equipa numa formação de sucesso antes de sair para ser seleccionador russo. Falhado o apuramento para o mundial de 2006 (às custas de Portugal), Semin teve passagem pelo Dinamo de Moscovo e como Presidente (!) do ‘Loko’. O crescimento do futebol do Dinamo tem, claramente, a sua chancela.

5 estrelas
Taras Mikhalik (defesa central, 24 anos)
– A capacidade defensiva do Dinamo tem sido uma nota de destaque. Sendo um dos esteios desse sector, Mikhalik tem visto a sua eficácia e sobriedade recompensadas. Não só parece ter ganho um lugar na Selecção ucraniana com, agora, se fala do interesse do Milan.

Ognjen Vukojevic (médio central, 24 anos) – Este croata já havia sido uma revelação no seu país, ganhando a alcunha de “Gattuso croata” e merecendo um lugar nos eleitos para o Euro, onde foi suplente de Niko Kovac. A sua projecção mereceu a cobiça de vários clubes, levando o Dinamo a melhor por 8 milhões de Euros. É de facto um excelente jogador, seguro no passe e muito combativo e inteligente sem bola. A estas características junta uma boa capacidade para surgir a criar desequilíbrios na área ou de meia distância. É, sem dúvida, o parceiro de futuro de Modric na selecção croata e um nome a acompanhar.

Oleks Aliev (médio ofensivo, 23 anos) – Em 2006 foi uma das revelações do Euro sub21, mas o seu futebol pareceu estagnar, falhando na afirmação no Dinamo. Este ano, no entanto, tudo tem sido diferente. Aposta forte de Semin, Aliev tem conseguido tornar o seu futebol em algo mais do simples talento. É verdade que há momentos em que tem ainda dificuldade em entrar no jogo, mas é um jogador tecnicamente temível e com uma notável capacidade de meia distância.

Ismael Bangoura (avançado, 23 anos) – Este guineense é um jogador a ter muita atenção. Vem jogando muitas vezes sozinho na frente (onde faz uso da sua velocidade), mas o seu futebol ganha claramente quando tem Milevsky como jogador mais fixo no meio. A liberdade para ser mais móvel e cair sobre a ala (normalmente direita) permite-lhe tirar maior partido das suas características, particularmente da boa capacidade técnica e explosão.

Artem Milevsky (avançado, 23 anos) – Jogador fino e de enorme capacidade técnica (diria que é um jogador “tipo Bergkamp”). Apesar de ser alto, gosta de ter a bola no pé e, se possível nas imediações da área. A sua presença é uma ameaça porque é muito difícil de parar devido à forma como esconde a bola dos adversários, combinando depois com quem surge no apoio. Embora não seja veloz é um jogador com muito boa mobilidade. O seu regresso de lesão é uma má notícia para os adversários.


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