1.6.09

Indefinição, "Tabu" e... a decisão certa

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Com o final da Taça quebrou-se o “tabu” em torno da continuidade de Jesualdo. Nos últimos dias temos assistido a um certo gozo de Pinto da Costa perante a comunicação social, praticamente denunciando este desfecho. A minha leitura, no entanto, leva-me a pensar que este não foi um “tabu” calculado como Pinto da Costa quis fazer passar recentemente. Terá havido de facto neste processo uma invulgar indecisão por parte do Presidente portista. Algo talvez inédito no seu “reinado”.


Os sinais de indefinição
Começo por relembrar o passado. Há um ano, nas mesmas circunstâncias, o “tabu” terminou em Março. No passado, nenhum treinador ficou mais de 3 anos no Porto e casos como Carlos Alberto Silva e António Oliveira sairam mesmo como campeões. Para além de tudo isto há a o hábito de Pinto da Costa renovar, quer com jogadores, quer com treinadores, antes do final das competições, fazendo-o publicamente, e reforçando claramente a confiança dos visados.

Neste caso, e mais estranhamente porque o campeonato e taça ainda estavam por garantir, a pressão manteve-se sobre o treinador, deixando o processo arrastar-se no tempo. Para quem viu as conferências de imprensa de Jesualdo, por exemplo, foi evidente o desconforto num determinado período e um muito maior à vontade nos tempos mais recentes. Por tudo isto, não me parece que este tenha sido um “tabu” tão calculado como se quis fazer parecer.


Decisão acertada
Acho que já poucos terão dúvidas. Com Jesualdo o Porto será o mais forte candidato ao título no próximo ano. Poderão sair Lisandro e Bruno Alves, mas Jesualdo já resistiu a Pepe, Anderson, Bosingwa, Assunção e Quaresma em 2 defesos e a equipa de hoje apresenta uma força colectiva que não tem rival em Portugal e dá resposta na Europa. É evidente que poderia ser encontrado outro nome, igualmente válido. Podia, por exemplo (e como pensei que fosse acontecer), apostar-se em Jesus (o que neste caso seria particularmente tentador para Pinto da Costa), mas abdicar de Jesualdo seria também arriscar interna e externamente. O Porto, em tempos economicamente difíceis para todos, terá optado bem em não correr esses riscos.


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