30.4.14

Bayern - Real Madrid

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Não resto muito a fazer quando, a este nível e num contexto de tanto equilíbrio, uma equipa consegue o aproveitamento que o Real teve na primeira parte do jogo. A história da eliminatória ficou aí, e de forma praticamente irremediável, resolvida. Ou seja, o meu primeiro ponto vai para o peso da eficácia no resultado e na definição precoce de uma eliminatória que se pensava poder manter-se viva até bem perto do final. Agora, se a volumetria do placard se explica muito pelo capricho da eficácia, o mesmo não se pode dizer do desfecho da eliminatória ou de qualquer dos jogos que a definiram, com o Real a conseguir repetir um desempenho incomparavelmente mais bem conseguido, nomeadamente ao nível da proximidade do golo, por um...

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28.4.14

Porto - Benfica: Aleatoriedade ou profecia?

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- No futebol, já sabemos, a diferença entre ganhar e perder, por muito ténue que seja, abre invariavelmente um abismo emocional no sentimento que passa de dentro para fora do campo. Aliás, o Benfica tem sido um excelente exemplo disto mesmo, bastando ver como duas épocas praticamente idênticas ao nível da sua própria performance podem conduzir a sentimentos tão dispares em torno da equipa e da percepção de competência dos seus protagonistas. Ora, neste jogo foi o Benfica quem se apurou e quem reuniu, para si e para os seus adeptos, todo o capital de emoção positiva que a partida tinha para oferecer. É a partir deste sentimento que todos (ou quase todos, para não ser injusto) estão tentados a procurar, no jogo, méritos...

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25.4.14

Benfica - Juventus: Opinião e estatística

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- Começo pela Juventus. É uma equipa de grande qualidade - ou não dominaria, como domina, uma liga com a dimensão da Serie A - com um futebol muito vertical, de poucos toques, mas com uma notável lucidez táctica. E, aqui, não me estou a referir ao sistema de jogo ou a recorrer ao cansativo estereótipo que teima em permanecer alapado ao futebol italiano e que vai servindo para caracterizar tudo o que, futebolisticamente, vem daquele país. Refiro-me, isso sim, à capacidade que a equipa de Turim revelou nos seus movimentos individuais e colectivos, quase sempre identificando correctamente as oportunidades e ameaças que as situações de jogo lhe iam oferecendo. Sem bola, definiu muito bem a sua presença pressionante, ajustando...

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24.4.14

Atl.Madrid - Chelsea | Real Madrid - Bayern

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Atl.Madrid - Chelsea O sorteio, no caso desta meia-final, tinha o condão de poder ditar, logo à partida, embates de características muito distintas. Pela diferença entre o potencial técnico das 4 equipas, e pela própria abordagem estratégica que decorre em grande medida dessa condicionante. Ao juntar Atlético e Chelsea, as sortes praticamente sentenciaram um duelo muito fechado, onde a organização defensiva e a protecção dos espaços essenciais se sobreporia, previsivelmente, à capacidade e potencial ofensivo de qualquer dos conjuntos. E foi precisamente isso que sucedeu nesta 1ªmão, ainda que com diferenças óbvias entre a postura das duas equipas. Um ponto interessante a explorar, parece-me, é a questão do peso do factor...

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21.4.14

Manter Jesus, o Ovo de Colombo de Vieira

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Consideremos o seguinte cenário: - Numa determinada época, 2 clubes apresentam-se claramente mais fortes do que toda a concorrência, acabando separados na classificação final por apenas 1 ponto. -  Na preparação da época seguinte, um desses clubes perde 2 das suas unidades de maior qualidade e importância, e substitui ainda o seu treinador. Por contraponto, o outro clube mantém o seu elenco praticamente inalterado, tanto relativamente aos principais jogadores, como ao nível da sua liderança técnica. Qual o desfecho que se apresenta mais provável para a época seguinte? --- O problema, exposto desta forma, parece ser bastante trivial, mas com certeza que não serão precisos grandes apelos à memória para relembrar como...

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18.4.14

Benfica - Porto (II): Análise individual

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Por falta de tempo, ficam apenas comentários às exibições de alguns jogadores... Individualidades (Benfica) Maxi - Muito bom jogo, saindo claramente vencedor do duelo travado com Quaresma, onde fez valer os seus níveis de intensidade e agressividade. Ofensivamente muito discreto, obviamente condicionado pela inferioridade numérica da equipa neste particular. André Almeida - Foco para o lance do golo portista, onde tem responsabilidades óbvias. Ainda assim, na minha opinião não é justo isolá-lo nas criticas a esse lance. Aliás, se o Benfica foi eficaz defensivamente pela solidariedade colectiva e coberturas permanentes a todos os duelos individuais que o Porto forçou, foi precisamente nesse aspecto que a equipa mais...

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17.4.14

Benfica - Porto (I): Aspectos colectivos

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- O jogo não fugiu muito do que havia escrito na antevisão. Não quanto ao desfecho, claro, já que aí entramos num campo de maior imprevisibilidade, mas no que à abordagem estratégica das equipas diz respeito. O Benfica evidentemente mais agressivo e intencionalmente pressionante desde o primeiro minuto, já que entrava em desvantagem nesta 2ª mão. O Porto, respondendo também com poucas alterações específicas, nomeadamente tentando assumir o jogo em posse e mantendo uma zona pressionante bastante alta, confirmando a ideia de que Luís Castro não muda quase nada independentemente do adversário ou do contexto que a equipa tem pela frente. Também ao nível da vantagem que as equipas poderiam retirar de alguns aspectos do jogo...

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16.4.14

Benfica - Porto: Pontos de antevisão

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- Do ponto de vista estratégico, a grande dúvida está do lado do Porto. No caso do Benfica, a desvantagem na eliminatória e o facto de jogar em casa deverão determinar uma postura semelhante àquela que a equipa adopta perante qualquer adversário. Ou seja, linhas subidas para pressionar a primeira fase de construção contrária e, em posse, a tentativa de forçar a progressão apoiada, tendo sempre como ponto de partida a largura na sua circulação baixa, com 3 apoios na primeira linha e os laterais mais projectados ofensivamente. - Quanto ao Porto, não antevejo também grandes novidades relativamente àqueles que são os traços gerais da sua estratégia habitual, e por dois motivos: O primeiro, tem a ver com aquilo que a equipa...

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15.4.14

Desequilibradores portugueses na Liga 13/14

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Em ano de Mundial, é normal que se olhe mais às soluções nacionais a jogar no campeonato. No caso do actual momento da Selecção, o exercício tornar-se-ia ainda mais pertinente, tanto devido aos problemas físicos de vários dos jogadores que à partida seriam convocáveis, como à necessidade de encontrar novos valores que no médio prazo possam substituir as principais figuras do actual elenco. Acima, utilizei o tempo verbal "tornar-se-ia", porque a principal conclusão desta análise é, precisamente, que há muito poucas soluções a emergir da principal competição interna. Indo mais concretamente ao exercício proposto, seleccionei os 5 jogadores portugueses de posições mais ofensivas com mais presença ocasiões de golo das respectivas...

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14.4.14

Jogo Directo na Rádio Nova ("A bola é nossa")

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Para quem estiver interessado em ouvir, pode fazê-lo aqui: O meu agradecimento em particular ao Ivo Costa pelo interesse e destaq...

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12.4.14

Sevilha - Porto: Estatística e opinião

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Já com alguns dias de atraso - não me foi possível fazê-lo mais cedo - deixo alguns pontos de opinião e a análise estatística ao jogo de Sevilha, que determinou a eliminação portista da Liga Europa. - Na sequência do jogo da 2ª mão da eliminatória com o Nápoles havia escrito sobre a importância da eficácia no apuramento da equipa, numa exibição que facilmente poderia ter culminado num desfecho radicalmente diferente. Desta vez, em Sevilha, a equipa viu o capricho da eficácia vestir as cores do seu adversário, e mesmo estando longe de ter tido o volume ofensivo do Nápoles naquela ocasião, o Sevilha conseguiu fazer o que os italianos já haviam ameaçado: não só colocar o Porto fora das contas europeias, mas fazê-lo com um...

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10.4.14

Champions, quartos-de-final (IV)

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Atl.Madrid - Barcelona No seu mais recente livro, Malcolm Gladwell oferece uma perspectiva diferente ao episódio bíblico do combate entre David e Golias. A ideia é que, embora de uma perspectiva simplista o duelo pareça profundamente desigual tal a desproporcionalidade de forças entre os dois intervenientes, um olhar mais atento aos pormenores de cada um competidores pode oferecer uma explicação bem mais lógica para o surpreendente desenlace final. Aliás, torna-o até bastante previsível, segundo o autor. Ora, recorrendo a esta analogia, eu não irei ao exagero de afirmar que era previsível que o Atlético eliminasse o Barcelona (até porque estaria a contradizer-me, relativamente a outros escritos recentes). O Barça era o favorito,...

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9.4.14

Champions, quartos-de-final (III)

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Chelsea - Paris SG Mourinho e o Chelsea conseguiram resgatar a difícil reviravolta, mantendo viva a esperança de uma grande época para o Chelsea. O mais provável continua a ser que os 'blues' acabem 2013/14 de mãos vazias, mas o facto é que continuam com possibilidades reais de conquistar os dois mais apetecíveis troféus ao seu dispor. E isso, só por si, já deve ser visto como um pequeno feito. Quanto ao PSG, mais uma vez foi eliminado pela regra dos golos fora, ficando perto das meias-finais, é certo, mas novamente longe do feito europeu tão ambicionado. Para o futebol francês, as competições europeias - Champions, em particular - continuam a ser uma espécie de adamastor futebolístico, e não foi ainda desta vez que as tormentas...

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7.4.14

O melhor da Liga 13/14? (5 candidatos)

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Jackson - Pode ter sido um Porto muito distante do rendimento dos últimos anos, mas certamente que não foi por causa do seu avançado que tal sucedeu. Por entre a tempestade dos resultados colectivos, Jackson manteve-se - com grande distância - como o jogador com maior participação directa em ocasiões de golo no campeonato, marcando 17 dos 40 golos que a equipa conseguiu sem recurso à marca dos 11 metros. É fácil de perceber este protagonismo decisivo do avançado colombiano, sendo um jogador muito forte em praticamente todas as situações de jogo, tanto ao nível das combinações pelo corredor central, como na resposta a cruzamentos, onde foi inclusivamente uma figura também ao nível das bolas paradas. Rodrigo - Demorou...

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4.4.14

AZ - Benfica: Estatística e opinião

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Não foi nada que fugisse às expectativas, mas ainda assim o Benfica realizou um bom jogo na Holanda, onde à margem dos primeiros minutos conseguiu exerceu um domínio quase completo. Não teve um grande ascendente ou uma grande proximidade com o golo, é verdade, mas foi o suficiente para que ficasse justificado em campo o favoritismo que à partida se atribuía à equipa de Jesus no lançamento da eliminatória. O AZ apresentou alguns sinais interessantes, apresentando um futebol sempre apoiado e com boas movimentações ofensivas, que nos primeiros minutos causaram alguns problemas ao Benfica. O problema, num perfil que é um espelho fiel daquilo que é o futebol holandês, esteve sobretudo no comportamento defensivo. A equipa de...

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3.4.14

Champions, quartos-de-final (II)

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Paris SG - Chelsea O 'Conto de duas cidades' dos quartos-de-final era também um teste para ambos os conjuntos, que tendo capacidade para ir até ao fim, correm claramente por fora relativamente a outras potências ainda em prova. O PSG precisa de conquistar na Champions uma dimensão que a liga francesa nunca lhe poderá oferecer, e o Chelsea de provar que pode ser uma equipa consistente em grandes desafios, nomeadamente quando estes acontecem numa fase de grande intensidade e pressão competitiva, como é o caso. O estatuto sugeria algum favoritismo para os londrinos, o que me parece injustificado naquela que, a meu ver, era a mais equilibrada das eliminatórias desta fase. Não surpreendeu que fosse o PSG a chamar a si maior...

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2.4.14

Champions, quartos-de-final (I)

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Barcelona - Atl.Madrid São equipas do mesmo país, com uma diferença enorme de orçamento e - acrescento eu - qualidade individual, e que ainda para mais já se haviam defrontado por 3 vezes só esta temporada. Ainda assim, e do meu ponto de vista, este era o embate mais interessante que o sorteio nos reservou, sobretudo porque me parece ser o emparelhamento mais forte desta fase. O (enorme!) mérito, mais uma vez, vai inteiramente para o Atlético, que como já diversas vezes escrevi está a potenciar o rendimento colectivo para patamares que até à bem pouco tempo pareciam utópicos para qualquer equipa da sua dimensão. O início da partida foi marcado por lesões, e parece-me de facto incontornável passar pelas mesmas para compreender...

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