29.11.11

O posicionamento de Aimar no derbi

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Ontem comentei sobre o posicionamento de Aimar, particularmente nas jogadas que se iniciavam sobre o flanco direito. Foi um tipo de situação que se repetiu com alguma frequência durante a primeira parte, e que o Sporting teve algumas dificuldades em controlar. O ponto que quero focar vai para a largura na última linha do Sporting, e em particular para o posicionamento aberto de Aimar, várias vezes entre central e lateral opostos.

Na verdade, não fico com a certeza de que este posicionamento do 10 encarnado tenha a intenção de fazer o aproveitamento da largura, em particular das dificuldades que o lateral oposto (João Pereira, no caso) teria em controlar situações de inferioridade numérica. Parece-me, aliás, que o seu principal objectivo é permanecer nas costas do pivot (Carriço), que frequentemente é atraído para fora, para depois aproveitar o espaço "entrelinhas". E Aimar já nos habitou ao seu instinto para procurar espaços nesse espaço (movimentos de enorme qualidade, acrescente-se). A minha dúvida surge do pouco aproveitamento que é feito da largura à esquerda, assim que a bola entra em Aimar, não havendo o instinto de abrir o posicionamento corporal para poder pelo menos criar a dúvida no lateral. A verdade é que apesar desta situação se ter repetido diversas vezes, o Benfica nunca tirou o melhor partido dela.

De todo o modo, é uma situação que me parece susceptível de ser mais vezes explorada pelas equipas, especialmente as que têm mais recursos técnicos, dando num primeiro momento a ideia de pouca utilidade dos jogadores do lado oposto, que não oferecem soluções de apoio imediatas, mas que muito depressa podem criar grandes dificuldades, assim a bola consiga chegar àquela zona.

Quanto ao Sporting, o posicionamento mais profundo do Elias conduziu a algum défice de protecção nas costas de Carriço, agravado pela impossibilidade de João Pereira estar mais interior. Uma das soluções poderia ser um posicionamento mais interior do ala (Matias/Carrillo), mas isso não se observou e não é muito característico das dinâmicas dos 433 (pode ver-se mais em estruturas de 2 avançados centro, onde os alas habitualmente defendem em zonas mais interiores).
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