É uma questão factual: o Benfica está a realizar em 06/07 e até ao momento o melhor campeonato dos últimos 10 anos. Com uma média de 2,29 pontos por jogo ao cabo de 21 jogos os encarnados superam os registos do tempo de José António Camacho. Na verdade – e fazendo aqui a ressalva de que esta comparação é feita com resultados finais de temporada – teríamos de recuar até ao longínquo ano de 1991 para encontrar um registo melhor do que aquele na época em curso. Nessa altura as vitórias ainda contavam apenas 2 pontos mas se extrapolarmos a performance encarnada para a pesagem actual obteríamos em 90/91 a notável média de 2,60 pontos por jogo.
A frieza destes números poderão constituir surpresa sobretudo tendo em conta a frequência com que a capacidade de Fernando Santos é posta em causa, representando igualmente um forte argumento contra os críticos do “engenheiro”.
Aliás, Fernando Santos apresenta ele próprio um registo altamente respeitável na passagem que teve por qualquer um dos três grandes. Comparando a sua média pontual em quase 5 épocas de “grandes” com os últimos 10 anos dos 3 clubes é apenas superada pelo registo do quase sempre vitorioso FC Porto.
Há muito que defendo que Fernando Santos tem uma reputação bem inferior ao que o seu passado mereceria. Creio mesmo que o seu “pecado capital” terá sido a não conquista do título em 99/00 com um plantel onde alinhavam Capucho, Zahovic, Drulovic, Deco e, sobretudo, Jardel. Depois deste percalço, no entanto, Santos conseguiu uma época positiva no dificílimo período pós-Jardel – conseguiu fazer de Pena o máximo goleador do campeonato em 00/01 o que, convenhamos, não era fácil. No Sporting viu partir Cristiano Ronaldo dias antes do inicio da época ficando com um plantel onde existiam muitos jovens e nem todos da melhor das “castas” da Academia. Liedson chegou com a época em andamento e os outros avançados eram Silva, Lourenço e Niculae – o Sporting conseguiu 73 pontos, algo apenas superado num passado recente nas épocas de título.
Não quero com isto dizer que Santos seja um treinador “do outro mundo”, mas aos meus olhos é um profissional competente e completo nas várias qualidades que devem definir um treinador. Gosta de um futebol de ataque, colocando muita gente nos processos ofensivos e tem uma ficha quase imaculada no trato com os jogadores. Os seus principais defeitos passarão, a meu ver, por algum desequilíbrio em que as suas equipas incorrem enquanto em situação ofensiva tendo depois dificuldade nas transições defensivas. Há ainda o pormenor das referências defensivas – em equipas de topo justifica-se uma maior referência na zona e na bola e menos no homem...
A frieza destes números poderão constituir surpresa sobretudo tendo em conta a frequência com que a capacidade de Fernando Santos é posta em causa, representando igualmente um forte argumento contra os críticos do “engenheiro”.
Aliás, Fernando Santos apresenta ele próprio um registo altamente respeitável na passagem que teve por qualquer um dos três grandes. Comparando a sua média pontual em quase 5 épocas de “grandes” com os últimos 10 anos dos 3 clubes é apenas superada pelo registo do quase sempre vitorioso FC Porto.
Há muito que defendo que Fernando Santos tem uma reputação bem inferior ao que o seu passado mereceria. Creio mesmo que o seu “pecado capital” terá sido a não conquista do título em 99/00 com um plantel onde alinhavam Capucho, Zahovic, Drulovic, Deco e, sobretudo, Jardel. Depois deste percalço, no entanto, Santos conseguiu uma época positiva no dificílimo período pós-Jardel – conseguiu fazer de Pena o máximo goleador do campeonato em 00/01 o que, convenhamos, não era fácil. No Sporting viu partir Cristiano Ronaldo dias antes do inicio da época ficando com um plantel onde existiam muitos jovens e nem todos da melhor das “castas” da Academia. Liedson chegou com a época em andamento e os outros avançados eram Silva, Lourenço e Niculae – o Sporting conseguiu 73 pontos, algo apenas superado num passado recente nas épocas de título.
Não quero com isto dizer que Santos seja um treinador “do outro mundo”, mas aos meus olhos é um profissional competente e completo nas várias qualidades que devem definir um treinador. Gosta de um futebol de ataque, colocando muita gente nos processos ofensivos e tem uma ficha quase imaculada no trato com os jogadores. Os seus principais defeitos passarão, a meu ver, por algum desequilíbrio em que as suas equipas incorrem enquanto em situação ofensiva tendo depois dificuldade nas transições defensivas. Há ainda o pormenor das referências defensivas – em equipas de topo justifica-se uma maior referência na zona e na bola e menos no homem...