Não se resume ao futebol moderno mas esta é uma discussão que tem maior tendência a repetir-se com o evoluir da tecnologia...
- Foi acidente ou intencional?
- Foi um toque impeditivo ou deixou-se cair?
São perguntas que se repetem semana após semana e que ganharam outra dimensão desde que o jogo se tornou num autêntico 'Big Brother' de 90 minutos, com as infindáveis câmaras e o sempre enganador recurso ao 'Super Slow-motion'.
Porque são assuntos de interpretação dúbia, tornam-se infindavelmente debatidos mas raramente reflectidos. Na verdade - e quem alguma vez jogou, sabe - é preciso cair para que as faltas sejam marcadas e nem sempre se atinge por querer. Por outro lado, a queda nem sempre é legítima e nem sempre se falha o que (ou quem) se quer atingir...
A "intensidade" (celebrizada noutros tempos por Poncio Monteiro) e o julgamento de intenções são tudo para os árbitros e é por isso que importa essencialmente perceber os protagonistas e as suas atitudes. É essa a chave para que o "bom" se junte ao indispensável "senso" de quem tem de decidir.