4.1.07

Hermínio, parece-me bem...mesmo!

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Desconheço os pormenores do seu passado e até nem apreciei muito a forma como chegou à direcção da Liga – é inevitável que se torça o nariz a listas únicas em processos que se querem verdadeiramente democráticos.
De lá para cá, porém, tenho encontrado em Hermínio Loureiro um discurso tão esclarecido como nenhum outro em relação aos reais desafios do futebol português. Acima das intrigas clubísticas, da obsessão dos conselhos, conselheiros, sorteios e nomeações tem abordado repetidamente aquele que é o principal problema do futebol português: a falta de receitas.
A Taça da Liga e o modelo encontrado vão meter a tradição da Taça de Portugal “no bolso” – é altamente improvavel não termos uma panóplia de grandes jogos.
Resta, na minha opinião, adequar o campeonato às expectativas do seu público (Tenho a minha ideia sobre o formato, que mais tarde pormenorizarei). As receitas são geradas, em grande parte, pelo interesse que os jogos despertam – quanto não pagariam as televisões por um campeonato com o dobro dos jogos grandes? A qualidade, essa, vem por acréscimo – com mais receitas, haverá mais dinheiro para trazer craques ou resistir a investidas dos milionários de leste que têm espremido o sumo que ainda havia no nosso futebol.
Nem tudo têm sido rosas, é verdade, mas tem de se ver algo diferente em alguém que tem a humildade – rara no futebol português – de olhar para os melhores... É isso que vai acontecer na Alfandega do Porto, hoje, com o Seminário «Profissionalização da Arbitragem Será possível?», com a Liga Inglesa a dar o exemplo...

Já se sabe, em relação a dirigentes é sempre mais fácil desdizer, sendo essa a prática comum dos nossos “velhos do restelo” sempre com uma boa visão para o buraco da avestruz... A mim, até ver, parece-me bem. Muito bem, mesmo!

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