- As facilidades de progressão do Porto viram-se praticamente desde o inicio do jogo e estão ligadas à forma como as equipas se apresentaram perante o inicio de construção portista. Por um lado, sem surpresa, o Vitória não abdicou de subir a sua equipa e tentar condicionar o adversário em todo o campo. Por outro, o Porto não abdicou de sair a jogar, apesar da presença do adversário. Como o Porto o fez sempre bem e o Vitória não teve capacidade para contrariar essa virtude, o jogo correu rapidamente até ao último terço ofensivo azul e branco. Em destaque aqui, a rapidez de reposição de Helton, a boa circulação lateral, invertendo o lado de saída antes de progredir, e a presença dos médios (frequentemente, Defour e Moutinho em simultâneo) junto do corredor eleito para a progressão. A maior critica terá talvez a ver com a quase absoluta preferência pelo corredor esquerdo. E talvez aqui, na escolha do corredor esquerdo e na propensão de Álvaro Pereira para cruzar, esteja parte da explicação em relação às dificuldades de objectividade no último terço.
- De resto, e ainda no Porto, confirma-se a importância da especificidade de certos elementos nas características que o jogo assume. Em particular, sem Hulk a referência ofensiva volta a ter um papel muito discreto em termos de envolvência no jogo ofensivo (repito que não é um critica a Kléber...). Depois, com Defour não há tantas finalizações, mas uma presença muito mais assertiva e dinâmica do que quando apareceu Belluschi no seu lugar (é também certo que, apesar disto, Defour não foi a solução para uma maior capacidade de desequilíbrio no último terço). James, com grande liberdade para não se fixar num flanco e intervir em fases mais precoces do jogo (apesar de ter sido decisivo, não me pareceu especialmente inspirado). Finalmente, o caso mais óbvio, que reside no contraste entre Álvaro Pereira e Maicon. O ponto talvez mais interessante desta sucessão de características individuais tem a ver com a importância da componente individual na dinâmica colectiva, ganhando o jogo da equipa características muito diferentes em função de quem interpreta cada uma das funções...
- Em relação ao Vitória, creio que o principal problema esteve na tal dificuldade em manter o jogo adversário mais longe da baliza e em potenciar mais recuperações em zonas adiantadas do terreno. Não era fácil, claro. De resto, e um pouco na sequência daquilo que escrevi no ponto anterior, é curioso verificar como algumas especificidades do jogo vimaranense se mantêm desde Manuel Machado, apesar das diferenças que se esperavam na abordagem de Rui Vitória. A equipa mantém um grande foco em Edgar, que é uma referência muito forte para as primeiras bolas, e mantém também uma grande tendência para procurar colocar rapidamente a bola nas zonas de finalização, o que muitas vezes resulta em previsibilidade, mas que pode também resultar em dificuldades de controlo na zona mais essencial, para o adversário. E foi isso que aconteceu nas principais situações ofensivas do Vitória, com vários elementos a juntarem-se rapidamente à zona de finalização, provocando superioridade sobre Rolando e Otamendi. Seja como for, e por vários motivos, a expectativa é que o Vitória faça uma segunda volta em crescendo, acabando com uma pontuação semelhante à dos 2 anos anteriores. Veremos...
- De resto, e ainda no Porto, confirma-se a importância da especificidade de certos elementos nas características que o jogo assume. Em particular, sem Hulk a referência ofensiva volta a ter um papel muito discreto em termos de envolvência no jogo ofensivo (repito que não é um critica a Kléber...). Depois, com Defour não há tantas finalizações, mas uma presença muito mais assertiva e dinâmica do que quando apareceu Belluschi no seu lugar (é também certo que, apesar disto, Defour não foi a solução para uma maior capacidade de desequilíbrio no último terço). James, com grande liberdade para não se fixar num flanco e intervir em fases mais precoces do jogo (apesar de ter sido decisivo, não me pareceu especialmente inspirado). Finalmente, o caso mais óbvio, que reside no contraste entre Álvaro Pereira e Maicon. O ponto talvez mais interessante desta sucessão de características individuais tem a ver com a importância da componente individual na dinâmica colectiva, ganhando o jogo da equipa características muito diferentes em função de quem interpreta cada uma das funções...
- Em relação ao Vitória, creio que o principal problema esteve na tal dificuldade em manter o jogo adversário mais longe da baliza e em potenciar mais recuperações em zonas adiantadas do terreno. Não era fácil, claro. De resto, e um pouco na sequência daquilo que escrevi no ponto anterior, é curioso verificar como algumas especificidades do jogo vimaranense se mantêm desde Manuel Machado, apesar das diferenças que se esperavam na abordagem de Rui Vitória. A equipa mantém um grande foco em Edgar, que é uma referência muito forte para as primeiras bolas, e mantém também uma grande tendência para procurar colocar rapidamente a bola nas zonas de finalização, o que muitas vezes resulta em previsibilidade, mas que pode também resultar em dificuldades de controlo na zona mais essencial, para o adversário. E foi isso que aconteceu nas principais situações ofensivas do Vitória, com vários elementos a juntarem-se rapidamente à zona de finalização, provocando superioridade sobre Rolando e Otamendi. Seja como for, e por vários motivos, a expectativa é que o Vitória faça uma segunda volta em crescendo, acabando com uma pontuação semelhante à dos 2 anos anteriores. Veremos...