Os títulos de dois dos diários desportivos foram explícitos:
“Merecia Melhor” – O Jogo
“Mereciam Mais” – Record
Paulo Bento e os seus miúdos foram então absolvidos pela imprensa na ressaca da derrota de 4ªFeira à noite. Um perdão raro em juízes normalmente tão implacáveis e sustentado por uma suposta ingratidão dos deuses do futebol. Parece-me, no entanto, que a injustiça não terá sido a única explicação para o desfecho da partida...
Um dos aspectos mais explorados pelo Sporting de Paulo Bento é a combinação nas alas. Sem extremos de raiz, a equipa faz descair constantemente 3 ou 4 jogadores para aquele sector, criando situações de superioridade e aproveitando espaços, quer junto à linha, quer em desmarcações interiores. Esta capacidade basculante do meio-campo e ataque tem também relevância nos momentos de pressão que a equipa identifica. Mandam os compêndios que o pressing seja idealmente feito junto às laterais, sendo aí tendencialmente mais eficaz uma vez que há menos espaço de manobra para o jogador em posse. Acontece porém que os leões se bateram com uma equipa de grande qualidade e que conseguiu tornar essa suposta dificuldade numa arma do seu ataque. O que se passou nos primeiros 30 minutos do jogo de Alvalade foi uma autêntica lição bávara de como tirar a bola da zona de pressão. Os esforços (meritórios, diga-se) dos jogadores verde-e-brancos eram constantemente frustrados com a bola a chegar ao flanco oposto onde o lateral (Sagnol ou Lahm) tinha espaço para atacar. Outra característica fortíssima – e já bastante conhecida – que os alemães apresentaram foi a capacidade aérea dos seus avançados – o que não teria feito o ataque leonino na segunda parte caso contasse com uma tal capacidade de choque no jogo aéreo?
É verdade que uma pontinha mais de sorte poderia ter sido suficiente para que o Sporting chegasse à vitória, mas não creio que se deva reduzir à fortuna a justificação do destino deste jogo. O Bayern e o seu futebol não merecem...
Lance Capital: A Bomba de Schweinsteiger
Se o Sporting foi, na generalidade, absolvido da derrota de Quarta, já Ricardo não teve tanta sorte... Há uma tendência na opinião pública portuguesa para responsabilizar os guarda-redes como se de “homens aranha” se tratassem. Dificilmente se identifica um mau posicionamento de um defesa, mas uma luva mal esticada nunca escapa! Francamente, parece-me descabida qualquer responsabilização do “Labreca” no lance do golo mas, uma coisa é certa, se há português que deve ser capaz de pronunciar Schweinsteiger sem gaguejos, certamente será Ricardo!
Para uma compreensão mais correcta do lance podemos ter em conta os seguintes dados que estimei através de uma análise que tem por base as dimensões oficiais do relvado de Alvalade:
Distância percorrida pela bola: 33 metros
Tempo do remate: 1,30 segundos
Velocidade média: 91 km/h
Lembrando, em jeito de comparação, um famoso golo de Benni McCarthy na Luz que deixou Moreira estupefacto:
Distância percorrida pela bola: 35 metros
Tempo do remate: 1,35 segundos
Velocidade média: 94 km/h
“Merecia Melhor” – O Jogo
“Mereciam Mais” – Record
Paulo Bento e os seus miúdos foram então absolvidos pela imprensa na ressaca da derrota de 4ªFeira à noite. Um perdão raro em juízes normalmente tão implacáveis e sustentado por uma suposta ingratidão dos deuses do futebol. Parece-me, no entanto, que a injustiça não terá sido a única explicação para o desfecho da partida...
Um dos aspectos mais explorados pelo Sporting de Paulo Bento é a combinação nas alas. Sem extremos de raiz, a equipa faz descair constantemente 3 ou 4 jogadores para aquele sector, criando situações de superioridade e aproveitando espaços, quer junto à linha, quer em desmarcações interiores. Esta capacidade basculante do meio-campo e ataque tem também relevância nos momentos de pressão que a equipa identifica. Mandam os compêndios que o pressing seja idealmente feito junto às laterais, sendo aí tendencialmente mais eficaz uma vez que há menos espaço de manobra para o jogador em posse. Acontece porém que os leões se bateram com uma equipa de grande qualidade e que conseguiu tornar essa suposta dificuldade numa arma do seu ataque. O que se passou nos primeiros 30 minutos do jogo de Alvalade foi uma autêntica lição bávara de como tirar a bola da zona de pressão. Os esforços (meritórios, diga-se) dos jogadores verde-e-brancos eram constantemente frustrados com a bola a chegar ao flanco oposto onde o lateral (Sagnol ou Lahm) tinha espaço para atacar. Outra característica fortíssima – e já bastante conhecida – que os alemães apresentaram foi a capacidade aérea dos seus avançados – o que não teria feito o ataque leonino na segunda parte caso contasse com uma tal capacidade de choque no jogo aéreo?
É verdade que uma pontinha mais de sorte poderia ter sido suficiente para que o Sporting chegasse à vitória, mas não creio que se deva reduzir à fortuna a justificação do destino deste jogo. O Bayern e o seu futebol não merecem...
Lance Capital: A Bomba de Schweinsteiger
Se o Sporting foi, na generalidade, absolvido da derrota de Quarta, já Ricardo não teve tanta sorte... Há uma tendência na opinião pública portuguesa para responsabilizar os guarda-redes como se de “homens aranha” se tratassem. Dificilmente se identifica um mau posicionamento de um defesa, mas uma luva mal esticada nunca escapa! Francamente, parece-me descabida qualquer responsabilização do “Labreca” no lance do golo mas, uma coisa é certa, se há português que deve ser capaz de pronunciar Schweinsteiger sem gaguejos, certamente será Ricardo!
Para uma compreensão mais correcta do lance podemos ter em conta os seguintes dados que estimei através de uma análise que tem por base as dimensões oficiais do relvado de Alvalade:
Distância percorrida pela bola: 33 metros
Tempo do remate: 1,30 segundos
Velocidade média: 91 km/h
Lembrando, em jeito de comparação, um famoso golo de Benni McCarthy na Luz que deixou Moreira estupefacto:
Distância percorrida pela bola: 35 metros
Tempo do remate: 1,35 segundos
Velocidade média: 94 km/h